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terça-feira, março 20

'Gangue das loiras' usava jargão do cinema


Suspeitos faziam referência a dupla criminosa do filme 'Bonnie e Clyde'.
Uma mulher foi presa no Paraná depois de três meses de investigação.


A "gangue das loiras" suspeita de cometer furtos e roubos costumava utilizar um jargão do cinema hollywoodiano para se comunicar durante os crimes. O chefe do grupo chamava suas colegas de “Bonnie”, enquanto as mulheres chamavam-no “Clyde”, em referência à dupla criminosa do filme “Bonnie e Clyde”. O filme, de 1967, do cineasta Arthur Penn, é baseado na história real do casal de ladrões de bancos Bonnie Parker e Clyde Barrow durante a depressão econômica nos Estados Unidos (1929-1930).

Na semana passada, uma das integrantes da quadrilha foi presa no Paraná. A polícia procura outras cinco mulheres e um homem que faziam parte do grupo. Segundo as investigações, a quadrilha era especializada em sequestros-relâmpagos em São Paulo e  invasão a condomínios.

“Eles incorporaram os personagens. Claro que não viram o filme até o final, porque no final eles são condenados à pena de morte nos Estados Unidos. Mas eles usavam sempre o mesmo jargão”, afirmou, na manhã desta terça-feira (20), o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, durante entrevista coletiva realizada na sede do Departamento de homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo.

Modo de agir

A quadrilha tinha integrantes de alto nível socioeconômico e costumava a agir em dupla. O líder era sempre acompanhado de uma das mulheres no momento de abordar as vítimas nos estacionamentos de shoppings e grandes magazines, principalmente da Zona Sul da capital. A vítima ficava sempre no carro com o líder do grupo, enquanto as mulheres faziam compras e saques com os cartões de crédito. O grupo utilizava roupas de grife.

Sedução

Segundo a polícia, as moças da quadrilha eram recrutadas pela beleza – e nem todas eram loiras. “Elas sempre usavam roupas chamativas. Elas eram escolhidas para causar sedução e distrair os funcionários na hora de verificar os documentos”, afirmou Matheus Junior. A quadrilha, extremamente bem organizada, segundo a polícia, também se preocupava em escolher as vítimas com perfil semelhante ao das integrantes do grupo a fim de facilitar a utilização dos cartões de créditos e documentos de identificação roubados. Mulheres, preferencialmente com carro importado, eram os alvos preferenciais.

A polícia divulgou imagens que mostram várias atuações da integrante presa no Paraná. Em um dos vídeos, após a quadrilha abordar uma vítima, ela compra R$ 17,5 mil em aparelhos eletrônicos, em um shopping de alto padrão de São Paulo. As imagens mostram também o momento em que ela saca cerca de R$ 3 mil de uma agência bancária. A polícia afirma que o grupo agia também no Rio de Janeiro e não descarta que o grupo agisse também em outros estados.

Uma das integrantes, uma operadora de telemarketing, de 25 anos, foi presa na semana passada em Curitiba, no Paraná, após cerca de três meses de investigação da Polícia Civil de São Paulo. “Ela morava em Curitiba com o marido e a filha e vinha atuar em São Paulo. O marido não tinha conhecimento”, afirmou o delegado. Ela teve a prisão preventiva decretada e foi levada para um Centro de Detenção Provisória.
Fonte: Site G1

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