(Foto: Nilton Fukuda/AE) |
Nesta manhã, a polícia pediu a prorrogação da prisão
temporária por 30 dias para a Justiça em Cotia. Segundo a polícia informou ao
Jornal Hoje, ela confessou ter atirado no marido e esquartejado o corpo. De
acordo com o depoimento, ela informou ter feito tudo sozinha.
Os policiais relataram que ela contou que atirou no
executivo dentro do apartamento do casal, levou o corpo para o quarto da
empregada e fez no local o esquartejamento. Ainda segundo os policais, ela
também informou ter sido a única responsável por descartar os sacos plásticos
com as partes do corpo.
Desde o dia em que Elize foi presa, O G1 tenta contato com o
advogado da bacharel. Nesta tarde, o advogado José Beraldo informou que chegou
a conversar com Elize, mas que ela afirmou que seu defensor será um professor
do curso de direito onde ela estudou.
A mulher, que teve a prisão temporária decretada pela
Justiça, passou a última noite na cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. Por
volta das 11h desta quarta, ela foi levada para o DHPP para ser ouvida
formalmente sobre o caso.
Detetive particular
A polícia tenta identificar o detetive particular que foi
contratato por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado
para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais
informaram à equipe de reportagem que o profissional seguiu o executivo e
comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes
foram enviadas para a bacharel.
No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico
Científica identificaram acessos a sites de prostituição.
Também deverão prestar depoimento nesta quarta a empregada e
a babá da filha do casal. As duas foram dispensadas por Elize horas antes do
desaparecimento de Marcos, no dia 19 de maio. Partes do corpo do executivo
foram encontradas dentro sacos plásticos espalhados em uma área de mata em
Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 do mês passado.
A polícia suspeita de crime passional, mas motivação
financeira não está descartada. Segundo informou na terça-feira (5) o delegado
Jorge Carrasco, diretor do DHPP, Elize é suspeita de assassinar o marido por
ciúmes após descobrir a traição. Ela e a filha teriam direito a receber R$ 600
mil no caso de morte do empresário.
Também é apurado pela polícia se Elize teve a ajuda de
alguém para se desfazer do corpo da vítima. Uma testemunha ligou para a Guarda
Civil Municipal de Cotia afirmando que um motociclista estava jogando sacos por
uma estrada. Dentro deles haviam membros humanos.
Morte no apartamento
Para a polícia, Elize matou o empresário no apartamento do
casal, na Zona Oeste de São Paulo, com um tiro na nuca. Ela havia feito de
curso de tiro, assim como o marido.
As imagens das câmeras do edifício não foram divulgadas,
mas, segundo a investigação, mostram Marcos entrar no prédio no dia 19, mas não
registraram sua saída. “A gente sabe que ele entrou no apartamento e não saiu.
Em tese, o homicídio aconteceu lá”, disse o delegado Mauro Gomes Dias na terça.
Em seguida, a gravação mostra Elize saindo do elevador,
levando três malas com rodinhas. E mostra também a volta dela, 12 horas depois,
sem as malas. Além das câmeras de segurança, que registraram a saída dela
sozinha do prédio, e das sacolas plásticas apreendidas na residência do casal
serem idênticas as encontradas com o corpo da vítima, um terceiro indício é
levado em conta pela polícia para suspeitar de Elize.
No mesmo dia em que foi presa ela tinha entregado três armas
para a Guarda Municipal, para que fossem destruídas. Uma delas usa balas do
mesmo calibre que matou o empresário.
Fonte: Site G1
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