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quarta-feira, abril 6

Aula Magna na UFRGS: reflexões do Governador do Estado sobre a liberação da maconha.


A polêmica sobre a liberação da maconha foi tema abordado em palestra do governador Tarso Genro na manhã desta quarta-feira durante aula magna realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na conversa com alunos e professores, Tarso salientou a necessidade de estudar o assunto antes de qualquer decisão, disse não saber qual a melhor saída, mas garantiu não ter preconceitos em relação à droga.

— Se a gente pudesse regular a questão da droga de forma que ela não fosse um componente econômico dessa decadência civilizatória, vamos chamar assim, eu não vejo problema de que ela pudesse ser liberada em circustâncias muito concretas, específicas, respeitando evidentemente a opção que os indivíduos teriam para utilizar ou não esses estímulos. Agora, na situação atual, a questão da legalização não ajudaria a combater essa circulação, essa transformação da droga em dinheiro, do dinheiro em droga, de droga em poder, de poder em política e assim por diante — avaliou.

Para o governador, é preciso "fazer uma distinção da droga, para pensar na sua regulação", sugerindo a necessidade de um estudo sobre o quanto a maconha pode comprometer a saúde e a sanidade mental.

— É um elemento de crise civilizatória, que eu não sei sinceramente qual é a melhor saída — admitiu o Tarso Genro — Eu acho, por exemplo, que as pessoas terem tolerância com a canabis sativa é diferente da heroína. A maconha muitos especialistas dizem fazer menos mal do que o cigarro. É o que dizem. Eu nunca vi uma pessoa matar por ter fumado um cigarro de maconha — concluiu o governador.

Em meio a aplausos dos participantes da palestra, Tarso Genro garantiu ainda não ter preconceitos.

— Não tenho nenhum preconceito. Na minha época, a gente não fumava maconha não era porque não tivesse vontade. Era porque as condições de segurança que a gente vivia, na clandestinidade, não adicionava mais uma questão de segurança, que é questão da maconha. Apenas por isso. Mas dizem que é muito saboroso — comentou o governador.
Fonte: Site Zero Hora

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