Um agente com 11 anos de atuação na Polícia Civil do Paraná admitiu nesta terça-feira ter disparado contra o sargento Ariel da Silva, 40 anos, morto na semana passada durante uma confusão em Gravataí, na Região Metropolitana. Em depoimento nesta tarde na Corregedoria da Polícia Civil gaúcha, em Porto Alegre, ele alegou legítima defesa.
Na versão do policial, identificado apenas como Alex pelo delegado Paulo Rogério Grillo, responsável por investigar o caso, o militar gaúcho abordou a viatura discreta com os três agentes do Paraná sem se identificar e ambos trocaram tiros ao mesmo tempo. Os paranaenses dispararam com uma submetralhadora, atingindo o sargento da PM, que antes de morrer disparou quatro vezes com sua pistola.
No depoimento, os policiais do Paraná afirmaram que não desconfiavam que estavam sendo seguidos por um colega — imaginaram que se tratava de um delinquente. Os três alegaram que, em nenhum momento, o sargento se identificou como policial. Os paranaenses tampouco revelaram serem da polícia.
— Não houve tempo. As armas foram apontadas e começaram os disparados — declarou o agente que usou a metralhadora, em depoimento na corregedoria.
Desde domingo, os três policiais paranaenses estão presos no Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil gaúcha, localizado na Avenida Ipiranga. O delegado Grillo aguarda o resultado da perícia para marcar a reconstituição da morte do PM.
A morte do sargento ocorreu na semana passada, em Gravataí, quando os paranaenses estavam no Rio Grande do Sul em uma operação não comunicada aos gaúchos. Eles investigavam o sequestro de dois agricultores do Paraná.
Fonte: Zero Hora
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