Segundo promotora de Justiça, homicídios foram triplamente
qualificados
O bioquímico Ênio Luiz Carnetti, de 46 anos, suspeito do
assassinato da mulher e do filho em Porto Alegre, foi denunciado pelo
Ministério Público nesta terça-feira por dois homicídios triplamente
qualificados. O crime ocorreu em 25 de julho na casa da família no bairro
Tristeza, área nobre da zona Sul da Capital.
Conforme a denúncia, assinada pela promotora de Justiça
Lúcia Helena Callegari, o bioquímico teria assassinado a esposa, a enfermeira
Márcia Cambraia Calixto Carnetti, de 39 anos, a facadas. O crime foi praticado
com três qualificadoras: motivo torpe (o autor não aceitava a ideia de
separação conjugal e queria vingar-se da vítima por ela tê-lo submetido a
acompanhamento psicológico e psiquiátrico), mediante meio cruel (houve
inclusive golpes não letais no corpo com o intuito de causar sofrimento) e com
recurso que dificultou a defesa da vítima (ela estava dormindo quando houve o
ataque).
Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público, na
mesma noite Carnetti teria matado o filho, de cinco anos, também a golpes de
faca. O crime foi cometido por motivo torpe (já que conforme a promotora, o autor
queria vingar-se da esposa através da morte da criança), mediante meio cruel
(alguns golpes foram para causar dor ao filho, sem letalidade), com recurso que
dificultou a defesa da vítima, que estava dormindo no momento do crime, e ainda
contra um menor de 14 anos.
Na semana passada, Carnetti foi indiciado pela Polícia Civil
por homicídio doloso (com intenção) duplamente qualificado, por impossibilitar
a defesa das vítimas e por motivo fútil. Se condenado, o bioquímico pode ser
penalizado com até 60 anos de prisão. Por enquanto, ele é mantido no Instituto
Psiquiátrico Forense (IPF). Não há data para ele deixar o local e ser
transferido ao Presídio Central.
Fonte: Site do Correio do Povo
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