Juiz que manteve a
guarda do menino com o pai e autoridades devem ser convocados
A ouvidoria da Assembleia
Legislativa anunciou nesta quarta-feira (23) a abertura de uma investigação
própria para apurar o assassinato do menino Bernardo. Além de canais de
comunicação para recebimento de denúncias e informações, a ouvidoria quer
contatar familiares e colegas da criança. Deputados também pretendem ir a Três
Passos e Frederico Westphalen e tomar o depoimento de autoridades envolvidas no
contexto que resultou na morte de Bernardo.
Para o ouvidor da Assembleia,
deputado Marlon Santos, é possível que tenha havido negligência. O parlamentar
fala em ouvir o juiz que manteve o menino sob a guarda do pai, além da
promotora e delegados.
"É romanceada a forma que
estão dizendo que ele (Bernardo) foi reclamar que não tinha carinho, que não
tinha amor. Isso não ficou escrito nem gravado, e não acredito nessa versão.
Acredito que muita coisa ficou deixada de lado. Vamos investigar de maneira muito
ampla, investigando inclusive os investigadores, se for preciso", afirma o
deputado.
Segundo o ouvidor, a Assembleia
Legislativa possui quadro técnico e autonomia para trabalhar no caso de forma
independente. O deputado não estipulou prazo para a conclusão dos trabalhos.
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini foi
encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do
jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha
São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, a madrasta e
uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai chegou a afirmar que o
garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no
dia 4, quando teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo.
Bernardo deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu.
Após dez dias de investigações,
foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela. A suspeita é de que o menino
tenha sido morto com uma injeção letal. Em entrevista coletiva, a delegada
Virgínia Bamberg Machado, responsável pelo caso, afirmou não ter dúvidas do
envolvimento dos três na morte de Bernardo.
Fonte: Clic RBS
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