Aos domingos, duas quadras da Rua Lima e Silva se transformam em território sem lei.
Cenas de bebedeira, brigas, gritarias e sexo em via pública modificaram a Cidade Baixa, um dos mais tradicionais bairros de Porto Alegre. Inconformados com o vandalismo que se repete a cada domingo, moradores e comerciantes estão tendo de adaptar sua rotina e seu trabalho.
As autoridades, até o momento, não conseguiram solucionar as confusões, que ocorrem especialmente em um trecho de duas quadras da Rua Lima e Silva.
Ao entardecer, jovens migram em bandos desde o Parque da Redenção, ponto de encontro, até a Lima e Silva. Famílias se trancam em casa, donos de bares e restaurantes fecham as portas.
Até banheiros de estabelecimentos comerciais são desativados, para que não se transformem em motéis improvisados. Alguns moradores, porém, desistiram de conviver com as arruaças. Trocaram de domicílio.
Quem ficou está enfrentando os transtornos. Uma empresária de 27 anos que reside nos arredores do supermercado Zaffari, onde se concentra a maior parte dos frequentadores dominicais, diz que já foi agredida e teve o carro depredado.
No ano passado, quando atravessava a rua, foi assediada por um rapaz bêbado. Tentou seguir adiante, mas teve o braço segurado à força pelo jovem. No esforço para se desvencilhar, acabou arranhada.
Depois desse episódio, um dos espelhos retrovisores do carro da empresária foi danificado, quando estacionado ao ar livre. No domingo seguinte, alguém terminou o serviço e quebrou o retrovisor.
Nada está a salvo. Um funcionário do Zaffari conta que os banheiros do supermercado se tornaram espaço para sexo entre adolescentes e jovens, sempre aos domingos.
Clientes desavisados que tentavam utilizar as instalações deparavam com cenas explícitas e fugiam, espantados. Agora, os banheiros são trancados a cada domingo em uma tentativa de conter os abusos.
Sexo no banheiro"Os banheiros do supermercado se transformavam em espaço para sexo aos domingos. Clientes deparavam com cenas explícitas e fugiam, espantados. Hoje os banheiros são trancados aos domingos. A confusão continua lá fora, mas aqui dentro diminuiu bastante." Funcionário de supermercado
Drogas e agressões
"No ano passado, quando atravessava a rua, fui assediada por um rapaz bêbado. Tentei seguir adiante, mas tive o braço segurado à força pelo jovem. Tentei me desvencilhar, e acabei sofrendo vários arranhões. Ele estava completamente drogado. Me puxava para ele, eu puxava para trás. Cheguei em casa me sentindo suja." Empresária de 27 anos, moradora da região.
Fonte: Site Zero Hora
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