Oksana Makar, de 18 anos, também
foi espancada, estrangulada e queimada viva
Entidades de defesa dos direitos
da mulher e organizações não governamentais realizam uma série de protestos na
Ucrânia após a morte de Oksana Makar, de 18 anos, que foi estuprada por três
homens e queimada viva no último dia 9.
Yevgeny Volokin/Reuters |
O grupo feminista Femen — famoso
por suas ativistas, que protestam nuas — fez uma manifestação de topless em
frente à Promotoria Geral em Kiev.
Em outra manifestação, centenas
de pessoas pediam, com gritos e palavras de ordem, punições rigorosas aos
suspeitos.
- Morte aos sádicos! Oksana vive!
Alguns membros do Parlamento
sugeriram que a pena de morte seja aplicada aos agressores, enquanto outros
chegaram a pedir a castração dos estupradores.
Dois dos três supostos criminosos
foram presos. Maxim Prisyjnikov, de 23 anos, filho de um administrador
regional, e Artyon Pogosyan, de 21 anos, filho de promotor, aguardavam na
cadeia o andamento do inquérito.
A mãe de Oksana, que postou na
internet um vídeo da garota enquanto ela era tratada no hospital, também foi
criticada por supostamente expor a filha e cobrar para dar entrevistas aos
jornais locais.
Na gravação de pouco mais de um
minuto, Oksana diz que os estupradores deveriam ter os "testículos
arrancados e dados aos cachorros".
O caso chocante trouxe à tona as
tensões entre a classe política e a população mais pobre da Ucrânia, já que ao
menos dois dos suspeitos são filhos de personagens proeminentes da sociedade
local.
Parte da imprensa também critica
a suposta maneira descuidada como a polícia teria cuidado do caso, bem como o
tratamento "pouco rígido" das autoridades para com os agressores.
Fonte: O Estadão
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