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segunda-feira, junho 25

Presídio de Rio Pardo, no RS, enfrenta problemas estruturais e superlotação



Reportagem da RBSTV desta segunda feira, 25 mostra os problemas estruturais e a superlotação que caracteriza o Presídio do município de Rio Pardo, um dos mais antigos do RS.

Diz a matéria que no centro de  Rio Pardo funciona o presídio estadual mais antigo do Rio Grande do Sul e,  segundo Ciro Oscar de Borba Saraiva – vice-presidente do Centro Regional de Cultura de Rio Pardo –  “ele não oferece as mínimas seguranças. As paredes são de pedra, não existia cimento, então é uma argamassa de barro, areia, cal, óleo de baleia ou sangue 
bovino.”

Na matéria, as imagens do corredor  escuro e estreito que leva aos fundos do prédio construído em 1811, onde na época funcionava a primeira Câmara de Vereadores e até uma cadeia pública, antecipam o que está por ser mostrado. . A ação do tempo condena a estrutura.




Osmar de Aguiar Pacheco, Juiz de Direito, entrevistado, esclareceu que “este prédio foi concebido em outra época, a do Brasil Colonial. Nós temos aqui celas que eram senzalas, nós temos locais deste presídio que eram utilizadas, inclusive, para tortura”.


Na cela dos detentos do regime semiaberto, portas e janelas têm vidros quebrados, o forro de madeira está cheio de buracos, o mau cheiro provoca enjôo.  As imagens não deixam dúvidas. Por outro lado, a instalação elétrica é bastante antiga, e tudo é muito improvisado. Numa única rede estão ligados fogão, geladeira e chuveiro.

A capacidade da cela  é para 16 (dezesseis) presos mas hoje 44 (quarenta e quatro) dividem espaço. Há três anos foi o auge da superlotação, com 90 (noventa) pessoas.

O Juiz de Direito Osmar Pacheco salienta que “os presos ficam amontoados, em celas extremamente mau cheirosas . Os presos de Rio Pardo estão sendo submetidos a condições desumanas”.
A construção de um novo presídio já foi discutida pelas autoridades,  no início do ano passado, a prefeitura de Pantano Grande até disponibilizou uma área, mas de acordo com o Juiz, a SUSEPE teria exigido uma série de detalhes e o projeto não avançou.

De acordo com a SUSEPE, o presídio de Pantano Grande não avançou porque existe um outro projeto, para a construção de um presídio regional em Venâncio Aires, com 640 (seiscentas e quarenta) vagas mas ainda não há previsão para o início das obras.

Assista ao vídeo clicando aqui. 
(RBS TV - JORNAL DO ALMOÇO) 

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