Carolina Cunha,
Para o Blog
No quarto dia de julgamento foi a vez dos advogados dos réus
Cristiano Paz; Rogério Tolentino; Simone Vasconcelos; Geiza Dias e Cláudia
Rabello sustentarem defesa perante o Pleno.
As defesas desta terça-feira foram mais dinâmicas do que as
de ontem, pois em relação a estes réus – considerados ou partícipes ou autores
mediatos – foi possível alegar a falta de individualização das condutas;
inexigibilidade de conduta diversa; ausência de liame subjetivo e falta de
dolo, por exemplo.
Mas, ao fim e ao cabo, os advogados acabam sustentando a
ausência de provas e atribuem a denúncia a pressões políticas e “delírios” do Ministério
Público.
Por volta das 17h – quando ainda faltavam às defesas de
Geiza Dias e Cláudia Rabello – a Ministra Cármen Lúcia comunicou que não
voltaria ao plenário após o intervalo, pois precisava deslocar-se ao Tribunal
Superior Eleitoral, do qual é presidente, mas esclareceu que tinha solicitado
fosse-lhe remetida a gravação integral das defesas, para que pudesse analisar
antes da sessão de amanhã.
No entanto, na volta do intervalo, os advogados suscitaram
questão de ordem, em razão da ausência da Ministra. Porém, os julgadores
entenderam que a questão era impertinente, já que havia quorum mínimo para
julgamento.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir
Cavalcante, foi chamado para interceder em favor dos advogados, visto que os
representantes da OAB entenderam que a ausência da Ministra representou um
desprestígio para os advogados que ainda fariam suas exposições, entretanto, o
presidente não chegou a tempo, pois o julgamento já havia prosseguido.
A previsão é de que amanhã sejam ouvidos os réus José
Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório, ligados ao Banco Rural,
além do deputado federal João Paulo Cunha e do ex-ministro Luiz Gushiken.
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