Pesquisar este blog

terça-feira, agosto 7

Mensalão: 4° dia de julgamento


Carolina Cunha,
Para o Blog

No quarto dia de julgamento foi a vez dos advogados dos réus Cristiano Paz; Rogério Tolentino; Simone Vasconcelos; Geiza Dias e Cláudia Rabello sustentarem defesa perante o Pleno.

As defesas desta terça-feira foram mais dinâmicas do que as de ontem, pois em relação a estes réus – considerados ou partícipes ou autores mediatos – foi possível alegar a falta de individualização das condutas; inexigibilidade de conduta diversa; ausência de liame subjetivo e falta de dolo, por exemplo.

Mas, ao fim e ao cabo, os advogados acabam sustentando a ausência de provas e atribuem a denúncia a pressões políticas e “delírios” do Ministério Público.

Por volta das 17h – quando ainda faltavam às defesas de Geiza Dias e Cláudia Rabello – a Ministra Cármen Lúcia comunicou que não voltaria ao plenário após o intervalo, pois precisava deslocar-se ao Tribunal Superior Eleitoral, do qual é presidente, mas esclareceu que tinha solicitado fosse-lhe remetida a gravação integral das defesas, para que pudesse analisar antes da sessão de amanhã.

No entanto, na volta do intervalo, os advogados suscitaram questão de ordem, em razão da ausência da Ministra. Porém, os julgadores entenderam que a questão era impertinente, já que havia quorum mínimo para julgamento.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, foi chamado para interceder em favor dos advogados, visto que os representantes da OAB entenderam que a ausência da Ministra representou um desprestígio para os advogados que ainda fariam suas exposições, entretanto, o presidente não chegou a tempo, pois o julgamento já havia prosseguido.

A previsão é de que amanhã sejam ouvidos os réus José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório, ligados ao Banco Rural, além do deputado federal João Paulo Cunha e do ex-ministro Luiz Gushiken. 

Nenhum comentário: