Considerado um dos principais invasores de rede de dados do Brasil, o hacker João Sperandio Neto, de 24 anos, foi preso acusado de extorsão após pedir US$ 500 mil a um banco de investimentos de São Paulo para evitar o roubo de US$ 2 milhões. Neto, que já havia sido indiciado por crime semelhante no Rio Grande do Sul, foi preso em flagrante no dia 4.
Em 31 de maio, ele entrou em contato com o banco, alertando para uma falha na segurança do sistema. Assinando o e-mail como John, ele anexava informações sigilosas, como número de conta e senhas de grandes clientes, para comprovar que falava a verdade. Neto voltou a entrar em contato no dia 1.º, desta vez com outro e-mail e nome, pedindo US$ 500 mil para neutralizar o hacker. Ainda utilizou os dados de um dos diretores da empresa para comprar um celular.
Segundo o delegado Massilon José Bernardes Filho, da Divisão de Investigações Gerais (DIG) do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic), o banco procurou a polícia assim que o hacker entrou em contato. Para receber o dinheiro, Neto foi até a sede do banco, na Avenida Paulista, onde foi preso.
Neto já havia sido indiciado por furto no Rio Grande do Sul. Ele chegou a transferir o dinheiro de outras contas para a própria. A pena por extorsão é de 4 a 10 anos de reclusão.
{Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo"}
Comentário meu: Os crimes informáticos podem ser classificados em duas categorias fundamentais: os chamados crimes de informática puros e os crimes de informática impuros ou mistos.Nos primeiros, a conduta praticada deve atingir um sistema informatizado, e é praticada por ‘hackers’, através, por exemplo, da inserção de vírus. Nestes, o interesse tutelado é o próprio sistema; já nos segundos, a internet é meio de execução de um comportamento delituoso, cujo bem protegido é qualquer um, diverso da informática, e também pode ser praticado por 'experts' na área de informática, através da obtenção de senhas, logins etc.
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