Alunos da Universidade de Brasília (UnB) lançam curta-metragem que tenta mostrar a vida de um egresso do sistema prisional. De acordo com o estudante Fáuston da Silva, um dos roteiristas, o curta narra o difícil recomeço de vida de um ex-egresso do sistema prisional brasileiro, sob um ponto de vista diferente do que é apresentado pelo jornalismo. “O público será levado a refletir sobre as dificuldades enfrentadas por ex-detentos na tentativa de entrar no mercado de trabalho e de se reintegrar na sociedade”, explica. Além disso, a falta de projetos sociais e a desassistência desses cidadãos por parte do estado, assim como o preconceito da sociedade diante de um ex-presidiário são exemplos de situações abordadas ao longo do curta.
Para fazer o filme os estudantes gastaram em torno de R$ 2.706 e contaram com o apoio da Secretária de Segurança do DF e do programa social Picasso não Pichava. A intenção dos estudantes é de que o filme participe ainda este ano dos principais festivais de cinema do país.
Na avaliação de Fáuston da Silva, para tratar desse tema não basta olhar dados de pesquisas e matérias de jornais. “Não há dúvida de que o assunto existe e é importante, mas conhecê-lo quantitativamente apenas não é suficiente. É necessário entender o processo de detenção desde suas origens, o que de fato representa a prisão não só perante a sociedade, mas principalmente perante o detento”, comenta. O trailer do curta-metragem pode ser visto no link: http://www.youtube.com/user/Fauston1.
Programa Começar de Novo - Os alunos inseriram, na parte escrita do trabalho de conclusão de curso, como exemplo de medida socioeducativa e de inserção social em prol dos egressos, o programa Começar de Novo. Desenvolvido, em 2008, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o programa é um conjunto de ações voltadas à sensibilização de órgãos públicos e da sociedade civil, com o propósito de coordenar, nacionalmente, as propostas de trabalho e de cursos de capacitação profissional para presos, egressos do sistema carcerário e cumpridores de penas e medidas alternativas, de modo a concretizar ações de cidadania e promover a diminuição da reincidência.
Fonte:Agência CNJ de Notícias
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