Sabe-se que a despesa para a manutenção de detentos em regime fechado é muito custosa. No Brasil, conforme informações do Departamento Penitenciário Nacional, há 473.626 presos, sendo que cada um deles custa cerca de R$1.2000 por mês para os contribuintes. No entanto, além do valor monetário, têm-se os gastos com eletricidade, água, alimentação e emissão de carbono, os quais implicam impactos ambientais.
Tendo em vista esse dano ambiental, tanto aqui como em outros países, em 2002 o governador do estado americano de Washington determinou que as prisões deveriam economizar energia, água, diminuir a produção de lixo e implementar práticas sustentáveis. Além disso, por meio de uma parceria com a faculdade de Evergreen os presos podem freqüentar cursos profissionalizantes, os quais possibilitam a realização de empreendimentos sustentáveis, tanto dentro do presídio, como a compostagem de lixo, quanto fora, como na colaboração em projetos científicos.
Os americanos afirmam que além da economia proporcionada por esses tipos de “presídios verdes”, eles também auxiliam os presos em sua recuperação. Assim, além de preservar o meio ambiente, tais instalações também são mais propícias para diminuir os índices de reincidência.
Nesse sentido, no Brasil, existe um projeto no Mato Grosso do Sul, chamado Vida Nova, que prevê a capacitação dos detentos do Centro Penal Agroindustrial de Gameleira para o cultivo de uma horta orgânica. A plantação ainda não começou, mas parte de sua produção deverá ser comercializada e parcela da renda obtida, dividida entre os presos agricultores.
(Fonte: Instituto Brasileiro de Ciências Criminais)
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