Morte de menino em Escola Adventista na cidade de Embu - São Paulo: Polícia já tem identificado o suposto autor

Os pais do menino suspeito de atirar em Miguel Cestari dos Santos, de 9 anos, na última quarta-feira (29), podem perder, temporariamente, a guarda do filho. A informação é da polícia, que investiga a morte de Miguel, encontrado morto dentro da sala de aula de um colégio particular em Embu, na Grande São Paulo.

Sem novos depoimentos marcados, investigadores saíram à procura de provas. Eles tentam encontrar a arma que matou Miguel. A polícia diz que já sabe quem atirou. É um aluno da mesma classe e da mesma idade.

“Já temos um suspeito forte. Eu diria para você que se fosse maior de idade, ele seria indiciado hoje. Porém, como é criança, não tem nenhuma medida penal contra a criança, mas um suspeito forte nós temos”, disse o delegado Carlos Roberto Ceroni, que investiga o caso.

Quatro crianças disseram à policia quem poderia estar com a arma. Todos os alunos estavam no pátio da escola. Quatro crianças terminaram uma atividade e foram em direção à classe. Duas pararam para tomar água e dois meninos foram para a sala. Um deles era Miguel.

O tiro, à queima roupa, foi disparado nesse momento. Uma menina disse à policia que passava pelo corredor e viu um coleguinha guardando uma arma na mochila. O uniforme e todos os objetos que o menino carregava na última quarta-feira foram apreendidos.

Na segunda-feira (4), a perícia vai dizer se encontrou vestígios de pólvora na mochila e no uniforme do aluno suspeito de ter disparado o tiro. Caso o resultado seja positivo, a polícia vai pedir à Justiça que os pais percam, provisoriamente, a guarda do menino. Em depoimento, eles negaram que guardavam uma arma em casa.

Os pais levaram os policiais até a casa, para que eles conversassem novamente com a criança. O menino voltou a negar que tivesse com um revólver na escola. A polícia acredita que ele levou, sim, e que o disparo foi acidental.

“A hipótese é de acidente porque esses dois coleguinhas eram amigos. Segundo consta, não tinha ameaça, discussão entre eles”, afirmou o delegado. Até agora, 40 testemunhas já foram ouvidas pela polícia. Segundo o Colégio Adventista, em Embu, as aulas recomeçam na próxima terça-feira (5).

(Fonte: Site G1)