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quinta-feira, novembro 25

Rio de Janeiro: vapores de uma panela de pressão

A noite no Rio de Janeiro: relato do Repórter de Zero Hora

Hoje é uma boa noite para circular no Rio. A polícia está toda na rua, os bandidos estão todos escondidos.

O delegado Pablo Sartori, que atua na DP do bairro de Bonsucesso, fez a previsão a Zero Hora às 22h30min de terça-feira. A razão da tranquilidade era o aparente sucesso das operações da polícia em mais de 20 favelas — uma resposta enérgica à baderna causada pelo tráfico desde domingo.

Mas a afirmação de Sartori só se confirmou durante meia-hora. Às 23h, um Voyage já queimava atravessado no bairro do Rio Comprido. O atentado foi o primeiro de 15 ataques espalhados pela região metropolitana do Rio: uma cabina da PM foi metralhada, além de pelo menos cinco ônibus, 11 carros e uma van foram incendiados depois do Voyage. Foi a noite mais violenta desde o início da onda de atentados.

Entre 22h de terça-feira e 5h de quarta-feira, Zero Hora circulou pela Grande Rio. Nos 206 quilômetros rodados, testemunhou a perplexidade de quem via fogo em frente de casa, o trabalho dos bombeiros que o combatiam, o desespero de quem teve o patrimônio perdido e a tensão da Polícia Militar, que atendia às ocorrências.
(Fonte: Zero Hora)


Na tentativa de conter onda de violência, presos do Rio são transferidos para o Paraná
Avião da Polícia Federal chegou a Cascavel no início desta madrugada

Em mais um passo na tentativa de conter a onda de violência que assola o Rio de Janeiro, a Polícia transferiu oito detentos para o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, na noite desta quarta-feira.

Segundo o site G1, um avião da Polícia Federal, que tinha decolado com os presos por volta das 22h de quarta-feira da Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, chegou a Cascavel-PR no início da madrugada desta quinta.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) havia autorizado esta transferência na terça-feira, atendendo a pedido feito pelo secretário Estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.

Os presos transferidos seriam chefes de facções criminosas importantes e podem estar envolvidos nos ataques que ocorrem desde domingo.
(Fonte: Zero Hora)


Facções unidas no Rio de Janeiro
Dinheiro e soldados do tráfico uniram as duas principais facções criminosas que atuam no Rio.

De um lado, o Comando Vermelho (CV) que vem tendo prejuízos com a perda de pontos de venda de drogas e de outro, o grupo rival Amigos dos Amigos (ADA), que teme a ocupação da polícia na favela mais rentável da quadrilha, a Rocinha, na zona sul.

Em conversas supostamente costuradas em bailes funk e em reuniões, traficantes teriam acertado que o CV cederia homens à Rocinha ,e a ADA financiaria a resistência no Complexo do Alemão, conjunto de 18 favelas, onde fica a 'sede' do CV.

As informações foram recebidas pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança.

De acordo com os relatórios, as negociações entre as facções se teriam se intensificado após a inclusão, em outubro, do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. VP é um dos chefes do Comando Vermelho. Paralelo a isso, as declarações do governador Sérgio Cabral de que a Rocinha seria uma das próximas comunidades a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) - após o ataque ao Hotel Intercontinental, em São Conrado, em agosto - acionou o alerta na ADA.

'O CV está sem dinheiro, mas tem muito traficante à disposição. A ADA tem muito dinheiro e pouca gente para uma resistência. Estes dois fatores facilitam a união', disse um policial do setor de inteligência.

Vila Cruzeiro.

 As atenções da secretaria de Segurança, no entanto, estão voltadas para a Vila Cruzeiro, localizada na Penha. Vizinha ao Complexo do Alemão, na zona norte, é o esconderijo do traficante Fabiano Atanazio da Silva, o FB.

Ele seria o homem responsável por colocar em prática as ações planejadas por Marcinho VP de dentro do presídio para espalhar o terror na cidade. Essa informação foi classificada pela subsecretaria como A1, ou seja, a mais confiável e importante na escala de investigação.

'Recebemos informações de todo o tipo e de todos os níveis, mas a considerada mais confiável e importante é a de que o FB é quem está colocando em prática as ordens do Marcinho VP', afirmou o policial.

(Fonte: O  Estado de S. Paulo)

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