"Quem entrou pela porta dos fundos na Ordem dos Advogados do Brasil vai sair pela porta dos fundos". A afirmação foi feita ontem (28) pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, ao comentar a informação de que a Polícia Federal teria detectado fraudes em outros dois Exames de Ordem do ano de 2009, aplicados pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe), num desdobramento da Operação Tormenta.
Ophir afirmou que a entidade não pensa em anular as provas e sim em punir os envolvidos nas irregularidades. "Todos os que tiveram êxito no exame e receberam suas carteiras continuarão trabalhando. No entanto, aqueles bacharéis que a Polícia Federal identificar como tendo sido aprovados em decorrência de fraude terão suas carteiras cassadas", ressaltou.
O presidente da OAB foi enfático ao afirmar que a entidade da advocacia não compactua com qualquer tipo de irregularidade e, por isso, será rigorosa na punição daqueles que se beneficiaram da fraude ou estão efetivamente ligados a quadrilhas especializadas em burlar as regras de exames e concursos. "Assim que a Polícia Federal nos passar a relação dos envolvidos encaminharemos os nomes às Seccionais da OAB nos Estados para que suspendam preventivamente os candidatos e abram processo disciplinar visando à cassação das carteiras", explicou Ophir Cavalcante.
Deflagrada no dia 16 de junho de 2010, a Operação Tormenta investigou irregularidades em diversos concursos públicos. Entre as instituições que tiveram provas fraudadas estão também a própria Polícia Federal, a Receita Federal, a Agência Brasileira de Inteligência e a Agência Nacional de Aviação Civil.
Fonte: Jornal da OAB
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