Familiares e visitantes de presos devem passar por detectores de metais em revistas de segurança nas casas de detenção, mas os advogados estão liberados do procedimento.
A OAB destaca que seus profissionais não têm contato direto com os presos. Os atendimentos são feitos em salas onde vidraças separam o advogado do cliente. Por isso não seria necessária a revista.
– Nem se justifica a ideia de revista ao advogado porque ele não tem contato físico com o preso. Neste caso específico temos que ver o que aconteceu com a segurança da penitenciária – aponta Cláudio Lamachia, presidente da OAB-RS.
Segundo ele, criou-se um mito em cima do fato de advogado poder levar materiais ilícitos para dentro dos presídios.
– O advogado fala através do parlatório, que tem toda segurança e não permite que o advogado passe sequer um papel, que dirá um aparelho celular. O que aconteceu em Montenegro é exceção e irregular – argumenta Lamachia.
Diante do ocorrido ontem, a Susepe informa que já está repensando formas de impedir que bolsas e sacolas circulem com advogados até mesmo por essas salas. Funcionários da Susepe evitam se identificar, mas desabafam:
– Fala-se muito que os servidores facilitam a entrada de celulares e drogas nos presídios, mas não é bem assim. Está aí uma advogada para mostrar isso – aponta uma das servidoras.
Fonte: Jornal Zero Hora
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