A Ajuris – Associação dos Juízes do RS publicou, para conhecimento da sociedade rio-grandense, nota expressando seu "repúdio" ao deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
Na última quinta-feira (24), no programa Conversas Cruzadas, da Tv Com, Marchezan afirmou "haver juízes e desembargadores do RS que vendem sentenças" e que "juízes e parlamentares protegem-se mutuamente".
Conforme a manifestação da Ajuris, "a conduta do referido deputado é irresponsável, na medida em que deixa sob suspeita toda a Magistratura gaúcha, que ao longo dos anos vem sendo considerada a melhor do País, embora seja a que atende ao maior volume de trabalho".
A Ajuris diz ainda na nota que "o parlamentar está movido por um rasteiro desejo de vingança que decorre de seus insucessos judiciais" e, para isso, "esconde-se sob o manto da imunidade, criada para proteger os parlamentares no exercício de sua função constitucional, e não para servir a sentimentos mesquinhos".
A entidade que congrega a magistratura estadual do RS sustenta que caso Marchezan "tenha informações sobre corrupção no Judiciário, é seu dever, como homem público, levá-las ao Tribunal de Justiça do Estado para que sejam apuradas, e não fazer insinuações demagógicas, que nada contribuem para a democracia e o respeito às instituições, e apenas servem aos seus propósitos eleitoreiros".
Leia a manifestação da entidade dos juízes gaúchos
NOTA DE REPÚDIO
A Ajuris – Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul vem manifestar à sociedade rio-grandense seu repúdio ao deputado Nelson Marchezan Júnior que, na última quinta-feira (24/03), no programa Conversas Cruzadas, afirmou haver juízes e desembargadores do Rio Grande do Sul que vendem sentenças e que juízes e parlamentares protegem-se mutuamente.
A conduta do referido deputado é irresponsável, na medida em que deixa sob suspeita toda a Magistratura gaúcha, que ao longo dos anos vem sendo considerada a melhor do País, embora seja a que atende ao maior volume de trabalho.
O parlamentar, movido por um rasteiro desejo de vingança que decorre de seus insucessos judiciais, não perde oportunidade para agredir a Magistratura de seu Estado. Para isso, esconde-se sob o manto da imunidade, criada para proteger os parlamentares no exercício de sua função constitucional, e não para servir a sentimentos mesquinhos.
Caso o deputado tenha informações sobre corrupção no Judiciário, é seu dever, como homem público, levá-las ao Tribunal de Justiça do Estado para que sejam apuradas, e não fazer insinuações demagógicas, que nada contribuem para a democracia e o respeito às instituições, e apenas servem aos seus propósitos eleitoreiros.
João Ricardo dos Santos Costa, presidente da Ajuris.
Fonte: Site Espaço Vital
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