A Polícia Federal em Minas Gerais, em conjunto com a Receita Federal, iniciou nesta quarta-feira (17/08) a operação ALQUIMIA, com o cumprimento simultâneo de 31 mandados de prisão temporária, 129 mandados de busca e apreensão, 63 mandados de condução coercitiva, e o sequestro de bens de 62 pessoas físicas e 195 pessoas jurídicas.
As medidas judiciais decretadas poderão reverter ao patrimônio da União mais de 1 bilhão de reais direta ou indiretamente sonegados pelo esquema envolvendo paraísos fiscais. É uma das maiores operações do gênero nos últimos anos no país.
A ação, com repercussão em mais 18 unidades da Federação (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe), desarticulou organização criminosa formada por empresários, estabelecidos principalmente nos Estados da Bahia e São Paulo, com o intuito de praticar, entre outros, crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
A organização criminosa investigada é composta por quase 300 empresas nacionais e estrangeiras, sendo que estas últimas têm sua maioria sediada nas Ilhas Virgenens Britânicas. Daquelas diretamente envolvidas nos fatos apurados, identificou-se que pelo menos 50 são “laranjas”.
O nome da operação se refere à prática da Alquimia, que envolve aplicação de métodos de produção e transformação de elementos químicos. Ao sonegarem tributos devidos, grupos empresariais, em sua maioria ligados ao ramo de produtos químicos, enriqueceram com facilidade desigual, às custas de graves lesões ao erário.
A entrevista coletiva será concedida, às 10h30, na Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em Minas Gerais, na Rua Nascimento Gurgel, Nº 30, Gutierrez, em Belo Horizonte.
Fonte: Site DPF
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