A Justiça Federal condenou quatro dos cinco envolvidos no vazamento do Enem em 2009. A informação foi dada ontem (16) pelo Ministério Público Federal.
Às vésperas do Enem de 2009, exemplares da prova foram roubados. Com a fraude, o MEC adiou o exame que tinha mais de 4 milhões de inscritos. O prejuízo foi estimado em R$ 45 milhões.
Felipe Pradella, apontado como mentor do vazamento pela PF, foi condenado a cinco anos e três meses de reclusão por violação de sigilo funcional e corrupção passiva.
Ele era funcionário do consórcio responsável por imprimir a prova.
Porém, Pradella foi absolvido da acusação de ter tentando extorquir dinheiro de uma repórter do jornal O Estado de S. Paulo, a quem havia tentado vender a prova.
Filipe Ribeiro e Marcelo Sena, também ex-funcionários do consórcio, foram condenados a quatro anos e seis meses pelos mesmos crimes - violação de sigilo funcional e corrupção passiva.
Já o DJ Gregory Camillo, acusado de intermediar o contato com a imprensa para vender a prova, foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão, mas sua pena foi substituída por prestação de serviço comunitário. Todos estão em liberdade.
Lucas Rodrigues, que era dono de uma pizzaria nos Jardins, foi absolvido.
Pradella, Ribeiro e Sena haviam sido acusados de levar alguns exemplares da prova da Gráfica Plural (parceria do Grupo Folha de SP e da Quad Graphics).
As procuradoras federais Ana Previtalli e Ryanna Veras disseram que vão recorrer. Segundo Ana, "as penas foram muito baixas e desproporcionais ao prejuízo causado".
Cabem recursos de apelação de todas as partes. As apelações serão julgadas pelo TRF da 3ª Região.
Fonte: Site Espaço Vital
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