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quinta-feira, dezembro 22

Corregedoria da Polícia abre quatro inquéritos para investigar mortes em Gravataí


A Corregedoria Geral da Polícia Vivil assumiu, nesta quinta-feira, a apuração das mortes ocorridas em Gravataí, do sargento Ariel da Silva, de 40 anos, e do agricultor, Lírio Persch, de 50 anos.

Quatro inquéritos haviam sido abertos. Além dos dois a respeito das mortes, também um terceiro sobre eventual delito de prevaricação – pela liberação dos policiais paranaenses pela polícia gaúcha após o incidente que resultou nas mortes, e um quarto sobre o desfecho da extorsão mediante seqüestro sofrida pelos agricultores do interior do Paraná.

O Delegado Paulo Rogério Grillo informou que são quatro fatos que devem ser apurados pela Delegacia de Crimes Especiais. Embora tenham ocorrido em seqüência, os delitos são autônomos. Vamos ouvir os envolvidos, especialmente a vítima sobrevivente da extorsão mediante seqüestro, que é uma testemunha chave sobre o que ocorreu na abordagem ao local do cativeiro.

Sobre o afastamento dos delegados do caso, o delegado corregedor explicou que havia policiais civis (no momento da abordagem) e me parece que também tinham policiais militares. Mas não há dúvidas de que entre os delegados que estavam no local estão o Roland Short e o Leonel Carivalli, que foram afastados. Havia um inconformismo do Ministério Público, considerando que não era certo eles participarem da investigação — disse o delegado Grillo — Eles foram afastados da investigação. Por enquanto, não há afastamento das funções — concluiu.

O subprocurador-geral de Justiça para assuntos institucionais do MP-RS, Marcelo Dornelles,  também foi a Gravataí coletar testemunhos, e achou correta a providência de afastamento dos delegados da apuração

Os policiais paranaenses, contra os quais  fora decretada prisão temporária, prometeram que irão se apresentar na segunda feira, dia 26, à Corregedoria da Polícia Civil do RS, a fim de prestarem informações.

O Delegado Ranolfo Vieira Júnior, antecipando-se ao pedido do MP, afastou das investigações os delegados envolvidos no incidente. Estão alijados o delegado Leonel Carivalli, titular da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana e o delegado Roland Short, que é titular da 2ª DP de Gravataí.

Há desconfiança de que não tenha ocorrido exatamente um tiroteio, e que só a polícia tenha efetuado disparos. Pelos indícios de imprudência e precipitação, os dois delegados envolvidos serão chamados para darem explicações.

O lance que resultou na morte do refém do seqüestro ocorreu numa casa na  Rua Doutor Luiz Bastos do Prado, atrás da Câmara de Vereadores de Gravataí, no Centro. Três sequestradores (dois gaúchos e um paranaense) acabaram presos, com armas e toucas.

O delegado Carivalli teria admitido que disparou duas vezes contra o carro onde estavam bandidos e refém.


A Polícia Civil divulgou, hoje a tarde, uma nota oficial à imprensa nos seguintes termos:

NOTA OFICIAL DA POLÍCIA CIVIL À IMPRENSA

Na manhã desta quinta-feira (22/12), o Chefe da Polícia Civil, Delegado Ranolfo Vieira Júnior, avocou os Inquéritos Policiais iniciados a partir das ocorrências de números 3407/2011/100404 e 3419/2011/100404 que apuram, respectivamente, a morte do policial militar Ariel da Silva e a extorsão mediante seqüestro com resultado morte de Lírio Darcy Persch, repassando os casos à Corregedoria Geral da Polícia Civil

Foi designado para presidir ambos procedimentos o Delegado de Polícia Paulo Rogério Grillo, titular da DFE/COGEPOL.

Afora isso, dentro dos critérios de transparência com que costuma atuar a Polícia Civil gaúcha, o Chefe de Polícia oficiou ao Procurador Geral de Justiça, Dr. Eduardo de Lima Veiga, solicitando a designação de um Promotor de Justiça para acompanhar as investigações.

(Com informações do Jornal Zero Hora e Site da Polícia Civil do RS)

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