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quarta-feira, dezembro 7

Ministério Público denuncia Nem, William de Oliveira e Alexandre Leopoldino por associação para o tráfico


O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por intermédio da 14ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, denunciou, na última segunda-feira (05/12), ao Juízo da 38ª Vara Criminal da Capital, Antônio Francisco Bonfim Lopes (o Nem), William de Oliveira e Alexandre Leopoldino Pereira da Silva (conhecido como Perninha) por associação para o tráfico de drogas e compra e venda ilegal de arma de fogo de uso restrito.

 O MPRJ também requereu o pedido de Prisão Preventiva dos denunciados. A denúncia teve por base imagens gravadas em um DVD, apreendido pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) em incursão realizada na Favela da Rocinha a partir da ocupação da comunidade pelas Forças de Segurança.

As imagens mostram William e Alexandre reunidos com Nem na Cachopa, local onde a quadrilha atuante na Rocinha costumava se encontrar para tratar de assuntos relativos à atividade criminosa.

De acordo com a denúncia, as imagens gravadas em data não precisada - entre os meses de janeiro de 2010 e novembro de 2011 - identificam Alexandre manuseando com desenvoltura um fuzil, que é mostrado a Nem. Em seguida, o traficante entrega grande quantidade de dinheiro a Alexandre e William, visto na gravação recebendo sua parte e conferindo as notas.

Para o Promotor de Justiça Gustavo Adolfo Dutra de Almeida, subscritor da ação, William e Alexandre intermediaram a venda de armamento ao cederem uma arma de fogo de uso restrito ao traficante, que a adquiriu para integrar o arsenal da quadrilha da qual era líder.

 Ainda segundo a denúncia, William e Alexandre associaram-se ao traficante, desempenhando o papel de braço político de Nem, por serem pessoas representativas na comunidade e influentes junto aos moradores. Além de terem exercido, respectivamente, os cargos de Presidente e Vice-Presidente da União Pró Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, William foi candidato ao cargo de Deputado Estadual na eleição de 2010, tendo Alexandre como coordenador-geral de sua campanha.

A denúncia aponta que ambos os denunciados recebiam pagamento em dinheiro, além de outras contribuições financeiras, sempre originadas do comércio de entorpecentes e que, em determinada ocasião, se destinaram a fundo de campanha política de William de Oliveira.

 Fonte: Ministério Público do Rio de Janeiro.

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