O retrato feito por ZH revela que a reincidência fora dos portões do que é hoje a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) foi de 70,3%, levando em conta a quantidade de 114 ex-internos que foram condenados.
O percentual é bem superior ao verificado em 2011 na instituição. No ano passado, o índice de infratores que já haviam tido internações anteriores foi de 38,5%.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a gaúcha Maria do Rosário, confirma que há dificuldades na ressocialização de infratores.
– Houve esforços nestes 10 anos, mas o sistema de caráter socioeducativo não tem funcionado no Brasil. Ele ainda é uma declaração de intenções mais do que uma realidade capaz de recuperar adolescentes – disse.
A situação desafia o poder público:
– É uma responsabilidade que não tem sido cumprida a contento no cenário nacional.
Os jovens cujas histórias embasam esta série de reportagens já tinham um perfil de repetição de delitos quando ainda eram adolescentes. Dos 162 infratores, 127 deles tiveram mais de uma internação na fundação.
Fonte: Zero Hora
Um comentário:
Diversas vezes ouvi um Protomor de Justiça de Pelotas - que antes atuava na Vara da Infância e Juventude e depois passou a atuar em uma Vara Criminal, na mesma cidade - referir que a grande maioria dos sujeitos que eram réus nos processos em que ele atuava na Vara Criminal, já eram conhecidos 'desde pequenos' e, por isso, ele tinha vontade de realizar uma pesquisa aqui em Pelotas, semelhante a essa de ZH, e, com os resultados, escrever um livro.
Assim, parece que essa situação evidenciada na pesquisa deve ser realidade em diversos locais.
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