Por Adriana Irion, em Zero Hora
Governo aposta em cursos profissionalizantes e anuncia concurso para a Fase
Abertura de concurso para ampliar o quadro de servidores, contratação de psiquiatras, investimento em cursos profissionalizantes e medidas com foco em prevenção.
Essas são algumas das ações que estão sendo executadas ou planejadas pelo governo estadual para reduzir o alto índice de reincidência da Comunidade Socioeducativa (CSE), unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase).
Em janeiro, ZH publicou durante quatro dias a série “Meninos Condenados”, que
mostrou que a maior parte dos jovens que saíram em 2002, 2009 e 2010 da CSE voltou a se envolver em crimes .
Ontem à tarde, na sede da unidade, na Vila Cruzeiro do Sul, o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, ressaltou ter recebido do governador Tarso Genro a missão de mudar a situação dos adolescentes infratores.
– Vamos fazer isso trabalhando com prevenção, para evitar que cheguem aqui, cuidando deles aqui na Fase e dando uma mão amiga depois que eles saírem – disse Fabiano, dando especial destaque ao programa que atende egressos.
Foi confirmado um concurso, em 2012, para contratar 200 servidores em 2013 (o déficit hoje é de 700 funcionários). Para a questão do excesso de medicação ministrada aos internos, motivo de cobranças do Poder Judiciário e até da ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, o governo prometeu solução com prazo de um ano.
– Não é a Fase nem o juiz que prescreve a medicação. Quem prescreve são profissionais (psiquiatras) com especialização para fazê-lo. Não sei se existe excesso.
Imagino serem profissionais sérios – afirmou o secretário.
A presidente da fundação, Joelza Mesquita, destacou que a meta é aumentar o
número de psiquiatras na CSE – hoje, são três para atender 73 internos – e providenciar que os internos tenham um diagnóstico para receber medicação.
Segundo ela, isso deve ocorrer até o final do ano.
Ao apresentar a realidade da Comunidade Socioeducativa – casa de perfil mais agravado da Fase –, a presidente da Fase ressaltou que a unidade representa apenas 7,7% do total de internos e que os índices de recuperação desta população não podem ser vistos como uma síntese de toda a fundação.
Fonte: Zero Hora
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