Assassinato ocorreu por volta das 21h30 deste sábado na Brasilândia.
Com essa morte, chega a 90 o
número de PMs mortos no estado em 2012.
A policial militar Marta Umbelina da Silva, de 44 anos, foi
morta na Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, por volta de 21h30 deste
sábado (3), segundo informações da 3ª companhia do 18º Batalhão da Polícia
Militar.
Com mais essa morte
sobe para 90 o número de policiais militares mortos no estado desde janeiro deste ano. Desse total de PMs mortos,
40 foram assassinados com características de execução.
A informação de que ela foi morta foi confirmada à 0h30 pelo
Batalhão, que antes só relatou que ela havia sido baleada.
A policial estava com roupas de civil e de folga no momento
do ataque. Atingida por pelo menos seis tiros no dorso, tórax e abdômen, ela
foi encontrada caída na garagem de sua casa e levada para o pronto-socorro do
Hospital Geral de Vila Penteado. A mulher estava acompanhada de uma de suas
filhas. A menina de 11 anos viu a mãe ser assassinada.
A Polícia Militar e a Polícia Civil apuram se a policial
também foi executada. Segundo informações do boletim de ocorrência, Marta teria
recebido vários tiros de dois indivíduos que desceram de um automóvel, assim
que ela saiu do carro para abrir o portão de casa. O caso será investigado pelo
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O Ministério Público estadual apura se a onda de violência
que assola São Paulo tem ligação com a ordem de criminosos de uma facção que
atua dentro e fora dos presídios paulistas para matar PMs. Em contrapartida,
policiais militares estariam organizando milícias e grupos de extermínio para
matar bandidos e vingarem as mortes dos colegas.
Por conta dessa situação de assassinatos recordes sendo
registrados praticamente quase todos os dias, o governo estadual e o governo
federal devem se reunir na próxima semana para discutir um plano de segurança
visando pôr fim a onda de criminalidade em SP.
Até as 20h deste sábado, 30 pessoas haviam morrido na Região
Metropolitana em ataques violentos ou em confronto com a polícia nos três
primeiros dias de novembro. Com a morte da policial, são 31.
O penúltimo caso aconteceu no início da tarde na capital paulista.
A ação foi no meio do trânsito na Marginal Pinheiros.
Policiais da Rota perseguiam Aldo Afonso de Lima, apontado como o chefe do
tráfico de drogas da favela de Paraisópolis.
“O indivíduo saiu do veículo realizando disparo de arma de
fogo. A equipe revidou a esses disparos. Ele foi baleado, desarmado e socorrido
ao Hospital Universitário”, diz o tenente Phelipe Regonato, comandante de
pelotão da Rota.
O traficante chegou ao hospital morto.
De sexta-feira (2)
para sábado (3), 20 pessoas foram baleadas na Grande São Paulo. Onze
morreram.
Em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, o dono de um carro foi
assassinado quando saía de casa. Na Zona Norte, um policial ia para o trabalho
de moto quando foi vítima de uma tentativa de assalto, mas os ladrões erraram os
tiros.
A região da Grande São Paulo que registrou o maior número de
vítimas foi o ABC Paulista, onde 15 pessoas foram baleadas, sendo duas em Santo
André e outras 13 em São Bernardo do Campo. O motorista de um carro bateu na
coluna de uma garagem e morreu.
Parecia um acidente, mas o homem perdeu o controle da
direção após levar um tiro. “Logo depois que os policiais chegaram, a gente
identificou que bandidos tinham atirado nele”, afirma o morador Duílio Ferreira
Santos. Também em São Bernardo, três homens que estavam em um carro roubado
foram mortos depois de entrar em confronto com policiais.
Dois outros casos foram em bares. Os atiradores estavam em
motos. Em um deles, os clientes comemoravam um aniversário. “Um falou, ‘é
barulho de moto’, falei que não, que era tiro. Quando saí, já tinham dois
caídos, um atingido na perna e outro no pé. Fechei as portas às 2h e fui embora
para casa”, afirma a comerciante Maria de Jesus Silva Dantas.
Fonte: Site G1
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