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segunda-feira, março 25

Justiça quer 'resposta rápida' sobre incêndio da Kiss, diz promotor


Joel Dutra acredita que julgamentos serão definidos até início de 2014.
 Nove foram indiciados por homicídio com dolo eventual qualificado.


O promotor Joel Dutra, que acompanha o processo da boate Kiss, em Santa Maria, indicou em entrevista na manhã desta segunda-feira (25) que a tendência é que sejam denunciadas por homicídio doloso as pessoas envolvidas diretamente com o fogo e a espuma que revestia o teto da casa noturna. O incêndio do dia 27 de janeiro no local, iniciado por um sinalizador, provocou a morte de 241 jovens. Apesar da complexidade do processo, Ministério Público e Justiça trabalham para que, caso ocorram, os julgamentos sejam iniciados de forma rápida.

"Temos de ter cuidado de fazer uma análise bastante técnica, não apressada. Temos de ter em mente que quem vai responder pelo homicídio (doloso) é quem está ligado à espuma e ao fogo, se não fosse isso não teríamos nenhuma morte", ressaltou o promotor à Rádio Gaúcha.

Joel Dutra destacou que desde o início os promotores acompanharam o trabalho da Polícia Civil, por isso têm um bom conhecimento do inquérito. Porém, com a necessidade de mobilização para a conclusão da documentação nos últimos dias, os promotores não analisaram algumas partes importantes. "É o caso das perícias, então temos que analisar bem", disse.

De acordo com Joel, a análise deverá ser feita por júri popular em Santa Maria, com os denunciados por homicídio doloso. Ele afirma que todos estão trabalhando para que tudo esteja pronto para o julgamento entre o fim deste ano e o início de 2014.

 "A hipótese de primeira etapa, se tudo der certo, é para final desse ano, início do ano que vem. Irão a julgamento ou não, com a decisão do doutor Ulysses (Louzada, juiz em Santa Maria). A preocupação também é do Poder Judiciário para que essa resposta seja rápida", completou.

Nove pessoas foram indiciadas no inquérito da Polícia Civil por homicídio com dolo eventual qualificado, quando a pessoa assume o risco mesmo sem intenção: Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da banda Gurizada Fandangueira), Luciano Augusto Bonilha Leão (produtor da banda Gurizada Fandangueira), Elissandro Callegaro Spohr (sócio-proprietário da Kiss), Mauro Londero Hoffman (sócio-proprietário da Kiss), Ricardo de Castro Pasche (gerente da Kiss), Ângela Aurelia Callegaro (irmã de Kiko, proprietária da boate no papel), Marlene Teresinha Callegaro (mãe de Kiko, proprietária da boate no papel), Gilson Martins Dias (bombeiro que vistoriou a boate), Vagner Guimarães Coelho (bombeiro que vistoriou a boate).
No total, 28 pessoas foram apontadas pelo inquérito policial como responsáveis pela tragédia.

Se o Ministério Público apresentar a denúncia, os indiciados viram acusados. Se a Justiça aceitar a denúncia contra os acusados, viram réus em processo criminal. O caso do prefeito de Santa Maria, Cézar Schirmer, que tem foro privilegiado, será analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). A polícia pediu que o processo seja aberto por homicídio culposo.

Fonte: Site G1 RS

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