Ação foi batizada de 'Lava-jato' e foi realizada no DF e em
seis estados.
A operação desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta
segunda-feira (17) apreendeu R$ 5 milhões em dinheiro, 25 carros, avaliados em
mais de R$ 100 mil cada, joias, obras de arte e bloqueou três hotéis.
Intitulada de “Lava-Jato”, a ação prendeu 24 suspeitos de envolvimento no crime
de lavagem de dinheiro.
O número de presos pode aumentar já que não há previsão
de quando a operação deve ser encerrada. Todos os presos, assim como o material
apreendido, serão encaminhados para a sede da PF, em Curitiba. Os dados finais
da operação devem ser divulgados na terça-feira (18).
A operação ocorre em 17 cidades do Paraná, São Paulo,
Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato
Grosso. Por enquanto, foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão, 24 de
prisões preventivas e temporárias e 15 de condução coercitiva, quando o
suspeito é levado até a delegacia para prestar depoimento. Conforme a PF, os
recursos investigados passam de R$ 10 bilhões.
"A movimentação dos R$ 10 bilhões se dava, basicamente,
por empresas de fachada. Entre elas, postos de gasolina e lavanderias",
explicou o delegado Igor Romário de Paula. O dinheiro lavado também era
proveniente de tráfico de drogas e extração ilegal de diamante, por exemplo.
Ainda de acordo com o delegado, o grupo atuava no Brasil e no exterior por meio
de transações de importação e exportação. Essa operação, em grande parte, eram
fraudulentas.
“A operação ainda não terminou. Nosso objetivo principal foi
estancar quatro grandes organizações criminosas que movimentavam tanto
dinheiro”, disse o delegado. Segundo ele, quatro doleiros, que foram presos,
são considerados “os cabeças” da suposta quadrilha – um do Paraná, dois de São
Paulo e um de Brasília.
As investigações
Conforme a PF, as investigações - que correm em segredo de
justiça - eram realizadas desde 2013, e o montante bilionário foi arrecadado em
três anos. O suspeito de chefiar a quadrilha foi preso no Distrito Federal. O
doleiro que mora em Londrina, no norte do Paraná, foi preso em
São Luiz, no Maranhão, e também é suspeito de comandar a quadrilha.
A quadrilha envolve
personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela
movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e
jurídicas envolvidas com vários crimes, segundo a PF.
A quadrilha, conforme a policia, cometia também os crimes de
tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação
fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios
de recursos públicos.
A operação foi batizada de "Lava-jato" e contou
com a participação de 400 policiais. O nome foi sugerido pela PF porque um dos
grupos fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para
movimentar os valores oriundos de práticas criminosas.
Fonte: Site G1
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