A notícia divulgada pelo Jornal Nacional de que o pai do jovem que atropelou Rafael Mascarenhas - o filho da atriz Cissa Guimarães - pagou aos policiais militares para liberarem o filho não me causou nenhum espanto. Eu já supunha - e até declarara a alguns familiares - o que de fato acontecera.
Diz a notícia que os policiais pediram ao pai do atropelador R$ 10 mil em propina, fato este que caracteriza o crime de Corrupção Passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal Brasileiro - solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem - que sujeita os funcionários públicos a uma pena de 2 a 12 anos de reclusão, com aumento de um terço, em face do descumprimento do dever funcional (parágrafo primeiro do artigo 317).
O pai do jovem condutor do veículo afirma ter pago R$ 1.000 (mil reais), incidindo, assim, em crime de Corrupção Ativa, capitulado no artigo 333 do Código Penal Brasileiro - oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício - sujeito, também, a mesma pena imposta ao crime praticado pelos policiais, ou seja, reclusão de 2 a 12 anos, aumentada, nesse caso, em um terço, porque em razão da vantagem oferecida os policiais praticaram comportamento com infração do dever funcional (parágrafo único do artigo 333).
Porém, a notícia - que abaixo publicamos - veiculada pelo Jornal da Globo e pelo site G1 - causa pelo menos uma perplexidade, porque o corruptor ( o pai do jovem condutor do veículo) afirma que durante o pagamento da propina de 1 mil, e do acerto do restante prometido, ele tomou conhecimento sobre a origem da vítima - filho da atriz Cissa Guimarães - e que ele havia morrido. Esse conhecimento lhe fez sentir-se mal.
É de se perguntar: por que? Fosse outra a pessoa da vítima, isso mudaria alguma coisa? Não tivesse morrido a vítima, mas resultado gravemente ferida - o que era de se esperar - haveria alguma diferença?
Restou, contudo, alguma hombridade: a de haver confessado sua fraqueza e sua falta de ética.
Fragmento da notícia segundo o site G1:
Ao se encontrar com os policiais, ele inicalmente pagou R$ 1 mil, mas durante o acerto recebeu um telefonema da mulher. Ela contou que a vítima do atropelamento era filho da atriz Cissa Guimarães - e que e ele havia morrido. Roberto passou mal ao receber a notícia e foi retirado do carro por um dos filhos, enquanto os policiais arrancavam com o dinheiro da propina.
O pai do jovem que admitiu ter atropelado Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, disse nesta sexta-feira (23) em depoimento que os policiais que liberaram seu filho pediram R$ 10 mil em propina. O depoimento durou seis horas. Roberto Bussamra conta que após a abordagem policial, o grupo parou em um posto de gasolina na Gávea, na Zona Sul.
Ele foi chamado ao local. Os PMs exigiram R$ 10 mil para liberar os rapazes que atropelaram Rafael. Como não tinha o dinheiro na hora, Roberto Bussamra combinou de pagar a quantia na manhã seguinte, na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro.
Ao se encontrar com os policiais, ele inicalmente pagou R$ 1 mil, mas durante o acerto recebeu um telefonema da mulher. Ela contou que a vítima do atropelamento era filho da atriz Cissa Guimarães - e que e ele havia morrido. Roberto passou mal ao receber a notícia e foi retirado do carro por um dos filhos, enquanto os policiais arrancavam com o dinheiro da propina.
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