Os riscos da advocacia criminal

Advogada morta por cobrar dívida de cliente.

A Polícia Civil de Mairiporã, na Grande São Paulo, prendeu nesta segunda-feira (23) dois homens suspeitos da morte da advogada Adriana Souza dos Reis, de 33 anos. Ela foi assassinada a tiros na noite de 4 de agosto, dentro de um carro, na Estrada da Roseira, no mesmo município. A polícia suspeita que a advogada foi morta por cobrar dívidas de um cliente. Outros dois suspeitos são procurados pelo mesmo crime.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a advogada reduziu a condenação de um cliente de um total de 50 anos de reclusão para 20 anos. Ele ficou devendo R$ 150 mil a ela, mas pagou apenas R$ 30 mil, em 2009. Como ela insistiu na cobrança desde então, ele aliou-se a um dos presos nesta segunda para matá-la, de acordo com as investigações.

Um homem que também estava dentro do carro e que sobreviveu ao ataque contou à polícia que pouco antes de ser morta a advogada havia recebido um telefonema de um cliente pedindo a ela que fosse visitá-lo. Quando estava a caminho, a advogada foi interceptada pelos homens que atiraram nela.
{Fonte: Site G1}

Comentário meu: Quem lê a notícia da morte da advogada pode ficar impressionado pensando nos riscos inerentes ao exercício da advocacia criminal. Um aluno, hoje pela manhã, perguntou-me sobre o tema. Ele parecia em alerta para o fato de a advogada ter sido morta, supostamente pelo seu ex-cliente, de quem cobrava um débito. Eu não penso que os advogados criminalistas estejam mais vulneráveis a esse tipo de ataque. Prefiro acreditar que se trata o caso noticiado de um fato isolado. Além do que, arriscado é viver...