Pelo menos 56 jornalistas foram mortos no exercício da profissão até a metade de agosto deste ano, e profissionais da imprensa em todo o mundo continuam a enfrentar violência e perseguição de todos os tipos, seja por parte de governos, criminosos ou terroristas. Os dados integram o relatório anual sobre liberdade de imprensa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-Ifra), divulgado ontem em um encontro da diretoria da entidade em Hamburgo, na Alemanha.
De acordo com a Wan-Ifra, ataques são diários – e muitas vezes fatais – para aqueles que desafiam governantes, cobrem conflitos ou investigam crimes ou corrupção. Ao menos 120 jornalistas estavam presos em meados de setembro, geralmente sem motivo ou após julgamentos manipulados. Além disso, centenas foram forçados a se exilar. Em todo o ano de 2009, 99 jornalistas foram mortos.
Na América Latina, conforme a entidade, profissionais da imprensa enfrentam sérias ameaças tanto dos governos quanto de poderosos grupos criminosos. Crime organizado e corrupção em altos níveis continuam sendo os temas mais sensíveis para os jornalistas, em uma região, segundo o relatório, “em que prevalece a cultura da impunidade e onde regimes autoritários e populistas não toleram fiscalização ou divergências”.
Cenário de uma guerra entre o governo e cartéis de narcotraficantes, o México permanece como um dos países mais perigosos para se exercer o jornalismo. Pelo menos oito jornalistas foram mortos em território mexicano desde o início de 2010.
(Fonte: Zero Hora)
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