Série expõe fragilidade do combate ao contrabando
Durante 11 dias, o repórter Fábio Almeida, o cinegrafista Giancarlo Barzi e o motorista Leonardo Silva fizeram alguns dos trajetos usados pelos contrabandistas que saem da Argentina e do Uruguai. A fronteira é aberta por terra, água e ar.
A equipe percerreu os mais de 1,7 mil quilômetros da fronteira. São trilhas abertas nas matas e barcos que podem atravessar o Rio Uruguai. Não há obstáculos para os carros, ônibus e táxis que trafegam livremente ou para aviões estrangeiros que sobrevoam o espaço aéreo brasileiro sem pedir licença. Até carroças percorrem caminhos curtos e paralelos que também não são vigiados.
Na primeira reportagem, a equipe expôs a fragilidade da Região Noroeste. Uma área cheia de trilhas na mata, pequenos portos clandestinos às margens do Rio Uruguai, onde as aduanas não são respeitadas. A série, com cinco reportagens, vai ao ar na RBS TV, na Rádio Gaúcha e em http://www.rbstv.com.br/.
Caminhos livres
Ao todo, a caminhonete da RBS TV usada para a produção da série rodou, em 11 dias, 3.389 quilômetros , distância equivalente a uma viagem até Maceió (AL). Durante todo esse trajeto, a equipe não deparou com nenhum veículo da Polícia Federal ou Brigada Militar. Também não foi abordada nenhuma vez fora das aduanas.
Rota do gado
No Noroeste, a equipe descobriu que quadrilhas formadas por fazendeiros e chibeiros – nome dado aos contrabandistas na fronteira – ameaçavam pecuaristas que eram contra a entrada de gado ilegal no país. Os animais argentinos infectados pela febre aftosa contaminaram rebanhos na década passada. Hoje o preço da carne argentina não compensa.
Fonte: Jornal Zero Hora
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