A Promotoria de Execuções Penais e o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas conseguiram, através de um decreto da 17º Vara Criminal, a prisão dos agentes penitenciários Carlos André Cardoso de Oliveira, o “Barenco” e Lázaro Luiz Silva Calafange, acusados de participação nas sessões de torturas contra os reeducandos dentro do presídio Baldomero Cavalcanti, no mês passado.
Eles são apontados como participantes na ação criminosa que terminou com presos seriamente feridos, que precisaram de atendimento médico fora do Sistema Prisional. Os excessos deixaram reeducandos com hematomas provocados por pisões nas costas; feridos por disparos de bala de borracha e até projéteis de armas de fogo, que teriam sido deflagrados para conter uma rebelião. Alguns presos foram surrados até com cabos de aço.
As prisões fazem parte da estratégia do Ministério Público Estadual, em parceria com a Secretaria de Defesa Social, para garantir a manutenção da segurança e da ordem dentro do sistema. Segundo o promotor Cyro Blatter, das Execuções Penais, as investigações constataram que os dois agentes penitenciários contribuíram diretamente nas sessões de tortura, que terminaram aumentando ainda mais a crise no Sistema Prisional, iniciada na metade do mês passado com a greve dos agentes penitenciários.
“Essas prisões servem para mostrar que estamos atentos quanto aos abusos que estão ocorrendo dentro dos presídios. Não podemos permitir que servidores públicos passem para o lado do crime”, disse o promotor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário