O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, afirmou nesta terça (9) que estima que tenham sido desviados do Ministério do Turismo dois terços valor do contrato entre a pasta e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Isso equivale a quase R$ 3 milhões dos R$ 4,445 milhões do contrato destinado à qualificação de 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.
Nesta terça, mais de 30 pessoas foram presas em São Paulo, Macapá e Brasília com base na Operação Voucher, deflagrada pela Polícia Federal em razão de irregularidades no ministério. Um dos presos é o secretário-executivo, Frederico Costa da Silva, o segundo na hierarquia do ministério.
O delegado afirmou que os desvios eram feitos por empresários, funcionários do ministério,Ibrase e empresas de fachada.Segundo ele, na busca realizada em São Paulo na casa do diretor-executivo do Ibrasi, que está preso, foramapreendidos R$ 610 mil em espécie.
O secretário-executivo do ministério teve decretada a prisão preventiva e será levado para o Amapá. Segundo o delegado, há indícios "fortes" de seu envolvimento no esquema. “Se não tivesse provas mais robustas, a prisão decretada seria temporária e não preventiva”,declarou.
Ele afirmou que o objetivo da busca era encontrar provas da fraude, como documentos e dinheiro em espécie. A Polícia Federal espera concluir a investigação num prazo de 15 dias. Os envolvidos devem ser indiciados pelos crimes de fraude a licitação, estelionato qualificado, falsidade e peculato. O contrato que está sob suspeita vale até o dia 24 de novembro de 2011.
O delegado negou que o Palácio do Planalto tenha sido informado da operação com antecedência. “As informações só são repassadas a partir do momento em que não há prejuízo. Ela só é difundida após a deflagração”, disse.
Segundo o delegado, a investigação começou em abril, a partir de levantamento feito pelo TCU, que detectou irregularidades nos contratos.
De acordo com o delegado, foram realizadas 33 prisões e todos os mandados de busca foram realizados - inicialmente, a PF havia informado que tinham sido cumpridos 38 mandados de prisão.
Os presos preventivamente serão conduzidos para Macapá. Os que foram presos temporariamente ficarão em suas cidades.Segundo o delegado, “ a investigação é apartidária e vai chegar a seus autores”.
Fonte: Site G1
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