Israelense preso em operação da PF tem ficha no exterior; três PMs foram detidos

Três policiais militares estão entre os presos pela Polícia Federal durante a operação Black Ops, deflagrada na manhã desta sexta para desarticular uma quadrilha internacional formada por integrantes da máfia israelense e por contraventores brasileiros. O grupo atuava no Brasil na exploração de máquinas caça-níqueis, jogo do bicho e importação de veículos usados. Ao todo, 13 pessoas foram presas até o início da tarde desta sexta-feira. Entre elas estão os israelenses Meier Zloff e Yoram El Al.

Segundo a Polícia Federal, Yoram é responsável pela lavagem do dinheiro arrecadado com a contravenção no país. O criminoso é acusado de sonegação fiscal, extorsão e estelionato pela Agência Americana Antidrogas (DEA). O site da organização, inclusive, oferece uma recompensa, não especificada, por informações que levem a sua prisão.

A ação, realizada em 13 estados - incluindo o Rio - e no Distrito Federal, visa cumprir 23 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão.

O bicheiro José Caruzzo Scafura, o Piruinha, seria um dos alvos da ação. A polícia esteve na casa de sua família, na Abolição (Zona Norte do Rio), mas não conseguiu prendê-lo.

Como uma das atividades mais importantes do grupo era contrabandear veículos importados, muitos carros foram apreendidos por policiais em três concessionárias na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio). Os veículos tem documentação irregular e eram vendidos como novos. Desde 2009, a estimativa da PF é de que pelo menos 100 carros tenham sido comercializados ilegalmente.

De acordo com nota divulgada pela PF, os acusados de envolvimento com esta máfia integram uma grande organização conhecida como “Abergil Family” (Clã Albergil), que está envolvida em esquemas ilícitos em diversos países. Entre as atividades estão prostituição, jogo ilegal e tráfico de drogas.

A PF determinou um bloqueio de bens estimados no valor de R$ 50 milhões.

Fonte: Jornal do Brasil