Policiais do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), acompanhados de agentes da GISP (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário), cumpriram nesta manhã mandado de prisão preventiva expedido contra o Agente Penitenciário Estadual
A.M.A, atualmente lotado no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. O servidor foi preso enquanto cumpria expediente na unidade prisional, bem como teve seu ambiente de trabalho revistado pelos policiais, que estavam munidos de mandado de busca e apreensão expedido pelo Poder Judiciário.
Segundo as investigações, o Agente Penitenciário em questão foi apontado como facilitador da entrada de aparelhos de telefone celular, drogas e outros objetos proibidos no interior do Presídio de Segurança Máxima da Capital, tudo em troca do pagamento de propina. De acordo com declarações colhidas de internos, o investigado cobrava cerca de R$ 150,00 para facilitar a entrada de cada aparelho celular na unidade, existindo relatos de que, em média, por semana pelo menos seis aparelhos ingressavam irregularmente no Presídio, por intermédio do Agente Penitenciário A.M.A.
Conforme revelaram investigações anteriores, a partir da utilização dos celulares e que detentos coordenavam a ação de comparsas do meio externo, ajustando prática de diversos delitos, principalmente roubo e tráfico de drogas.
Ainda, restou apurado que o Agente Penitenciário A.M.A teria recebido R$ 30.000 em espécie de um detento, isto para facilitação de sua fuga, a qual não se concretizou em razão da transferência do interno para a Penitenciária Federal de Campo Grande.
O próprio detento é um dos autores da denúncia que deu início às investigações. O Agente Penitenciário Estadual foi levado para unidade prisional (não divulgada por questões de segurança), onde permanecerá à disposição da Justiça. Por fim, segundo informações do GAECO, a ação que culminou com a prisão do Agente Penitenciário Estadual teve que ser antecipada, em razão da divulgação, por site de notícias, de dados obtidos a partir de ação penal que tramita em Vara Criminal da comarca de Campo Grande.
As circunstâncias do vazamento das informações serão apuradas pelo órgão, com vistas a responsabilização dos envolvidos.
Fonte: Ministério Público do Mato Grosso do Sul
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