A quadrilha denunciada pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por fraudes no Detran-RJ chegava a lucrar de R$ 3,5 milhões a R$ 4 milhões por ano, segundo informou o subchefe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio) da região dos Lagos, Marcelo Maurício Arsênio Barbosa.
Só na região dos Lagos, o bando lucrava R$ 250 mil por mês. Já em Paracambi, na Baixada Fluminense, o valor arrecadado com as irregularidades chegava, mensalmente, a R$ 100 mil. As taxas cobradas pelos denunciados ficavam entre R$ 50 e R$ 300 por operação fraudulenta, variando de acordo com o cliente, com o grau de dificuldade da operação ou com o total de serviços solicitados.
De acordo com a polícia, uma das fraudes praticadas pela quadrilha era cobrar de R$ 800 a R$ 4.000 para que o candidato tirasse a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) sem fazer aulas práticas e teóricas.
Até as 13h, 37 pessoas já tinham sido presas na operação Direção Oposta, desencadeada pela Polícia Civil e pelo Gaeco nesta quarta-feira (23). O objetivo da operação era desarticular uma quadrilha que praticava fraudes no Detran-RJ. As prisões foram feitas em nove municípios do Estado. Segundo a polícia, as investigações começaram há 11 meses, em janeiro passado, e foram expedidos 45 mandados de prisão preventivas e 44 de busca e apreensão.
Entre os presos, estão um PM e um ex-PM. O policial, perito cedido inicialmente ao posto de vistoria de Araruama, trabalhava atualmente no posto de São Pedro D'Aldeia (região dos Lagos), onde continuou a exercer as práticas ilícitas. Foram apreendidas cinco armas, documentos e R$ 42 mil.
Entre os crimes praticados pelos suspeitos, estão: corrupção passiva, inserção de dados falsos no sistema de informações do Detran-RJ, falsidade ideológica, peculato e formação de quadrilha. Ao todo, o MPRJ denunciou 66 pessoas.
Participaram da operação seis delegados, cinco promotores de Justiça e mais de 200 agentes da Polícia Civil, do GAP (Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça) do MPRJ e da Corregedoria do Detran-RJ.
Fonte: R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário