A auxiliar de enfermagem Maria Neusa Neri Leão, de 55 anos, depôs na tarde desta quarta-feira (16) por quase duas horas no 51º Distrito Policial de São Paulo e foi indiciada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. A pena prevista é de 1 a 3 anos de prisão. Maria Neusa é suspeita de injetar 10 ml de leite via intravenosa em um bebê de apenas 13 dias no Hospital Municipal Professor Mário Dégni, no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo, em 7 de novembro.
De acordo com a delegada Nayara Caetano Borlina Duque, que preside o inquérito, não há dúvidas sobre a responsabilidade da auxiliar de enfermagem no erro. "[Durante o depoimento], ela tentou explicar o procedimento que ela acreditou ter feito, mas não admitiu o erro", disse Nayara.
A delegada conta que questionou Maria Neusa sobre o estado emocional da auxiliar de enfermagem no dia da ocorrência. Segundo testemunhas, ela reclamava de mal estar. "Nesse momento, ela chegou a chrorar", afirmou a delegada.
Terminado o depoimento, o advogado da auxiliar de enfermagem, Roberto Vasconcelos da Gama, disse que sua cliente estava "muito abalada", que contou à polícia detalhes sobre o que aconteceu no dia, mas que não admite ter cometido nenhum erro. "Ela chegou a dizer que fecha os olhos e se lembra do que aconteceu. Ela retrata com perfeição a ação", afirmou o defensor.
Segundo o advogado, quando foi comunicada pela superior que teria injetado leite na veia do bebê, Maria Neusa respondeu com a expressão: "Você está louca? Como posso ter feito isso?". "Segundo ela, o procedimento que ela adotou foi correto", reafirma Gama.
A polícia ouviu 11 pessoas - entre elas a suspeita, colegas de trabalho de Maria Neusa e os pais do bebê - e concluiu pelo indiciamento por homicídio culposo. Agora, pedirá informações sobre outras crianças que tenham sido tratadas por essa mesma equipe no hospital.
Fonte: Site G1
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