O delegado-chefe ajunto da 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, Johnson Kenedy, responsável pela investigação sobre a morte do secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, afirmou nesta segunda-feira (23/01) que a polícia trabalha com a hipótese de homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
O motivo seria a caraterização de negligência dos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, por não oferecerem atendimento médico ao secretário, já que ele não estaria com talão de cheques em mãos para dar como caução.
Nos próximos dias, a polícia irá avaliar os vídeos das câmeras de segurança dos hospitais envolvidos, bem como colherá depoimentos dos plantonistas na madrugada da última quinta-feira e dos familiares que acompanharam Duvanier.
Segundo a polícia, a exigência de cheque-caução aparenta ser corriqueira. "Nos últimos dias, várias pessoas ligaram para a delegacia relatando práticas semelhantes em hospitais particulares do Setor Hospitalar Sul”, revelou Kenedy.
O diretor-geral da Polícia Civil, Onofre Moraes, afirmou que o inquérito irá ajudar a definir quem foram os responsáveis pela negligência. “O atendente não pode ser culpado, porque ele só estava cumprindo ordens. O médico também não, porque ele sequer viu o paciente.
Quem pode ser penalizado é a pessoa que deu a ordem para que o atendimento só fosse feito mediante o pagamento com cheque-caução, o que pode recair sobre os diretores ou proprietários dos hospitais”, declarou Moraes.
Fonte: Correio Braziliense
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