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sexta-feira, abril 6

Trânsito, violência e mortes



Durante o período da Semana Santa, o número de mortes no trânsito aumenta em 47 pontos percentuais. O período é considerado um dos mais violentos no trânsito brasileiro. Só no ano passado, considerando os quatro dias do feriado, 115 pessoas morreram por dia, em média, em eventos nas ruas e estradas do País, segundo a seguradora que administra o DPVC – Seguro de Danos pessoais causados por veículos automotores em via terrestre.

"Durante o feriado, há um aumento considerável nos acidentes, porque as pessoas viajam despreparadas, às vezes, de última hora, não fazem a revisão do carro, e ainda tem o fator pressa, o desrespeito aos limites de velocidade", disse o diretor-presidente da Líder Seguradora, que administra o Dpvat, Ricardo Xavier.

De acordo com dados do Dpvat, entre 2006 e 2011, foram pagas 14.892 indenizações a pedestres, motoristas e passageiros que sofreram acidentes nos quatro dias do feriado da Semana Santa. Dessas indenizações, 2.882 foram pagas a beneficiários daqueles que perderam a vida em acidentes de trânsito no período.

No mesmo período de seis anos, levando em consideração apenas casos registrados nos quatro dias da Semana Santa, 6.384 pessoas receberam o seguro por invalidez permanente decorrente de acidentes de trânsito. Também foram registradas 5,6 mil ocorrências menos graves, que demandaram apenas o reembolso de despesas médicas e hospitalares. Mas esses números devem subir porque a lei prevê um prazo de três anos, a partir da data do acidente, para que o seguro obrigatório seja solicitado.

O Dpvat é obrigatório e foi criado em 1974 para indenizar vítimas de acidentes de trânsito sem apuração de culpa, seja do motorista, passageiro ou pedestre. Em caso de morte, a indenização está fixada em R$ 13,5 mil. Esse também é o limite para casos de invalidez permanente (o valor varia conforme o grau do dano).

O seguro também reembolsa despesas médicas e hospitalares até o limite de R$ 2,7 mil. Para solicitar o seguro, não é preciso buscar ajuda de intermediários. A própria vítima (ou mesmo um parente) pode dar entrada no pedido gratuitamente em qualquer um dos pontos de atendimento do Dpvat em todo o País.

Ainda assim, Ricardo Xavier lembra que o melhor do seguro é não precisar usá-lo. "É importante que o cidadão tenha consciência do perigo dessas viagens (de carro). O motorista tem que ser cauteloso para proteger a sua família e a dos outros."

Fonte: Agência Brasil

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