O homem foi morto com três tiros depois de invadir o
apartamento da aposentada Odete Prá, de 87 anos. O crime ocorreu no final da
tarde de 9 de junho, em Caxias do Sul, na Serra. Na época, a aposentada assumiu
a autoria dos três disparos.
Foto Reprodução RBS TV |
No entanto, o laudo
do exame residuográfico, que determina se há presença de pólvora na pele, deu
negativo.
À polícia e em entrevistas, a idosa contou que acordou com
um homem estranho dentro de seu apartamento. Ela disse que pegou um revólver no
armário e atirou uma vez contra o suspeito. Quando o homem estava caído,
aproximou-se e atirou mais duas vezes. O assaltante morreu no local.
Segundo a análise dos peritos do IGP, não havia qualquer
resquício de pólvora nas mãos da aposentada. De acordo com a polícia, a arma
usada era um revólver calibre 32, tipo que deixaria fragmentos de pólvora em
que a disparasse.
O delegado Joigler Paduano, responsável pela investigação,
prefere não se manifestar sobre a perícia. Ele diz que irá se pronunciar apenas
na conclusão do inquérito. Outras duas perícias estão faltando para a conclusão
da investigação.
A família da aposentada segue afirmando que os três disparos
foram feitos por Odete. Uma filha da aposentada garante que não havia mais
ninguém na residência. No entanto, segundo informações obtidas com exclusividade
pela reportagem da RBS TV, uma das linhas de investigação é de que haveria mais
uma pessoa na casa e ela seria a responsável pelos disparos.
"Não me arrependi, mas não queria ter feito"
A atitude da idosa
ganhou repercussão nacional. Em entrevista ao Fantástico, Odete contou como
teria feito os disparos. "Não me arrependi, mas não queria ter
feito", disse a idosa. A mulher disse que pensou ser o neto em seu quarto.
"Eu estava só observando, falando com ele carinhosamente, pensando que era
o meu neto.
Ele não me dava confiança. Quando saiu de costas eu percebi
que não era meu neto.
Levantei sem aparelho, sem óculos, sem muleta, sem nada. Eu
entrei no quarto e olhei o lugar da arma, estava tudo intacto. Fui à procura
dele (do assaltante). Quando ele levantou os braços eu vi que ele ia saltar em
mim. Foi o momento em que eu dei o primeiro tiro", relata.
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