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terça-feira, outubro 9

Exame não acha pólvora em idosa de 87 anos que diz ter matado invasor

Um exame feito pelo Instituto-geral de Perícias do Rio Grande do Sul deve mudar os rumos do inquérito que apura a morte do assaltante Márcio Nadal Machado, de 33 anos.

O homem foi morto com três tiros depois de invadir o apartamento da aposentada Odete Prá, de 87 anos. O crime ocorreu no final da tarde de 9 de junho, em Caxias do Sul, na Serra. Na época, a aposentada assumiu a autoria dos três disparos.

Foto Reprodução RBS TV
No entanto, o laudo do exame residuográfico, que determina se há presença de pólvora na pele, deu negativo.

À polícia e em entrevistas, a idosa contou que acordou com um homem estranho dentro de seu apartamento. Ela disse que pegou um revólver no armário e atirou uma vez contra o suspeito. Quando o homem estava caído, aproximou-se e atirou mais duas vezes. O assaltante morreu no local.

Segundo a análise dos peritos do IGP, não havia qualquer resquício de pólvora nas mãos da aposentada. De acordo com a polícia, a arma usada era um revólver calibre 32, tipo que deixaria fragmentos de pólvora em que a disparasse.

O delegado Joigler Paduano, responsável pela investigação, prefere não se manifestar sobre a perícia. Ele diz que irá se pronunciar apenas na conclusão do inquérito. Outras duas perícias estão faltando para a conclusão da investigação.

A família da aposentada segue afirmando que os três disparos foram feitos por Odete. Uma filha da aposentada garante que não havia mais ninguém na residência. No entanto, segundo informações obtidas com exclusividade pela reportagem da RBS TV, uma das linhas de investigação é de que haveria mais uma pessoa na casa e ela seria a responsável pelos disparos.

"Não me arrependi, mas não queria ter feito"

 A atitude da idosa ganhou repercussão nacional. Em entrevista ao Fantástico, Odete contou como teria feito os disparos. "Não me arrependi, mas não queria ter feito", disse a idosa. A mulher disse que pensou ser o neto em seu quarto. "Eu estava só observando, falando com ele carinhosamente, pensando que era o meu neto.

Ele não me dava confiança. Quando saiu de costas eu percebi que não era meu neto.

Levantei sem aparelho, sem óculos, sem muleta, sem nada. Eu entrei no quarto e olhei o lugar da arma, estava tudo intacto. Fui à procura dele (do assaltante). Quando ele levantou os braços eu vi que ele ia saltar em mim. Foi o momento em que eu dei o primeiro tiro", relata.

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