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segunda-feira, novembro 12

Assassinada advogada acusada de ter relação com o PCC


 A advogada Priscila Soraya Dib, 33 de idade, foi assassinada em um posto de gasolina, em uma das principais avenidas de Araçatuba, no interior de São Paulo, na madrugada de sábado (10). Depois de ter sido presa durante uma operação da Polícia Civil em setembro do ano passado, a advogada respondia na Justiça de Araçatuba à acusação de ter ligação com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O crime aconteceu por volta das 2h da manhã. Uma testemunha, que estava com Priscila momentos antes do assassinato, contou à polícia que a advogada foi até um posto de combustível, na esquina entre a Avenida João Arruda Brasil e a Rua Marcílio Dias, para se encontrar com amigos

Ela estava sentada na traseira de sua caminhonete, uma Toyota Hilux, quando dois suspeitos se aproximaram em uma motocicleta e efetuaram uma série de disparos. Nenhuma outra pessoa ficou ferida.

A testemunha, que não teve identidade revelada pela Polícia Civil, disse não ter reparado nas características físicas dos atiradores.

Ao menos quatro disparos atingiram a advogada, que não resistiu e morreu no local. Durante a perícia técnica, agentes civis localizaram dez cápsulas de pistola no chão do posto. O corpo de Priscila Dib foi levado para o Instituto Médico Legal da região para também ser periciado.

INVESTIGAÇÃO

Em Araçatuba, a advogada atuava na área criminal. Ela estava respondendo a processo na Justiça  acusada de dar suporte à integrantes do  PCC (Primeiro Comando da Capital). Priscila Dib foi presa em uma operação realizada pela Polícia Civil no dia 13 de setembro do ano passado.

Na ocasião, seis integrantes do PCC foram presos após procedimento aberto pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) do Ministério Publico para investigar os principais integrantes da facção na região de Araçatuba.

Durante interceptações telefônicas, o MP descobriu o envolvimento da advogada com integrantes da organização criminosa. No dia da operação, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da advogada. Ela acabou sendo presa em flagrante depois que a polícia encontrou na residência, no bairro Palmeiras, um rádio HT - normalmente usado pela Polícia Militar.

Priscila passou quase três meses na cadeia feminina de General Salgado e teve a prisão revogada pela Justiça. A informação nos bastidores era de que ela estaria recebendo ameaças de morte desde quando saiu da cadeia.

Priscila Dib respondia na 3ª Vara Criminal de Araçatuba a processo por formação de quadrilha e por passar informações privilegiadas sobre possíveis ações policiais à membros da facção criminosa

PERÍCIA

Policiais do IC (Instituto de Criminalística) fizeram pericia no local do homicídio durante a madrugada. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) é a unidade responsável por investigar o assassinato.  Os policiais civis já estão trabalhando no caso. Até às 5h02 desta madrugada, a polícia não tinha informações sobre os envolvidos no crime.

A reportagem apurou que a advogada postava constantemente mensagens no fecebook. A última informação foi colocada por ela por volta das 23h de ontem. Priscila escreveu que iria para a Fapig (Feira Agropecuária e Industrial de Guararapes).

A polícia apurou que no posto, antes de ser baleada, ela conversava com conhecidos. No momento do tiroteio, as pessoas que estavam no pátio do posto procuraram se proteger dos disparos. Antes do corpo ser retirado do local, familiares da advogada chegaram no posto para reconhecimento do corpo. Ao constatar que tratava-se realmente de Priscila Dib, os parentes ficaram em estado de choque

Fonte: Site Espaço Vital 

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