O crime aconteceu por volta das 2h da manhã. Uma testemunha,
que estava com Priscila momentos antes do assassinato, contou à polícia que a
advogada foi até um posto de combustível, na esquina entre a Avenida João
Arruda Brasil e a Rua Marcílio Dias, para se encontrar com amigos
Ela estava sentada na traseira de sua caminhonete, uma
Toyota Hilux, quando dois suspeitos se aproximaram em uma motocicleta e
efetuaram uma série de disparos. Nenhuma outra pessoa ficou ferida.
A testemunha, que não teve identidade revelada pela Polícia
Civil, disse não ter reparado nas características físicas dos atiradores.
Ao menos quatro disparos atingiram a advogada, que não
resistiu e morreu no local. Durante a perícia técnica, agentes civis
localizaram dez cápsulas de pistola no chão do posto. O corpo de Priscila Dib
foi levado para o Instituto Médico Legal da região para também ser periciado.
INVESTIGAÇÃO
Em Araçatuba, a advogada atuava na área criminal. Ela estava
respondendo a processo na Justiça
acusada de dar suporte à integrantes do
PCC (Primeiro Comando da Capital). Priscila Dib foi presa em uma operação
realizada pela Polícia Civil no dia 13 de setembro do ano passado.
Na ocasião, seis integrantes do PCC foram presos após
procedimento aberto pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado)
do Ministério Publico para investigar os principais integrantes da facção na
região de Araçatuba.
Durante interceptações telefônicas, o MP descobriu o
envolvimento da advogada com integrantes da organização criminosa. No dia da
operação, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da
advogada. Ela acabou sendo presa em flagrante depois que a polícia encontrou na
residência, no bairro Palmeiras, um rádio HT - normalmente usado pela Polícia
Militar.
Priscila passou quase três meses na cadeia feminina de
General Salgado e teve a prisão revogada pela Justiça. A informação nos
bastidores era de que ela estaria recebendo ameaças de morte desde quando saiu
da cadeia.
Priscila Dib respondia na 3ª Vara Criminal de Araçatuba a
processo por formação de quadrilha e por passar informações privilegiadas sobre
possíveis ações policiais à membros da facção criminosa
PERÍCIA
Policiais do IC (Instituto de Criminalística) fizeram
pericia no local do homicídio durante a madrugada. A DIG (Delegacia de
Investigações Gerais) é a unidade responsável por investigar o
assassinato. Os policiais civis já estão
trabalhando no caso. Até às 5h02 desta madrugada, a polícia não tinha
informações sobre os envolvidos no crime.
A reportagem apurou que a advogada postava constantemente
mensagens no fecebook. A última informação foi colocada por ela por volta das
23h de ontem. Priscila escreveu que iria para a Fapig (Feira Agropecuária e
Industrial de Guararapes).
A polícia apurou que no posto, antes de ser baleada, ela
conversava com conhecidos. No momento do tiroteio, as pessoas que estavam no
pátio do posto procuraram se proteger dos disparos. Antes do corpo ser retirado
do local, familiares da advogada chegaram no posto para reconhecimento do
corpo. Ao constatar que tratava-se realmente de Priscila Dib, os parentes
ficaram em estado de choque
Fonte: Site Espaço Vital
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