Pesquisar este blog

sábado, novembro 17

Força-tarefa do governo federal vai cobrar do RS medidas para resolver problemas do Presídio Central




No encontro, governo gaúcho deve apresentar o andamento do plano de desocupação do Central

A situação do Presídio Central de Porto Alegre, que já vem sendo acompanhada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência (SDH), será pauta de um encontro na próxima sexta-feira na Capital gaúcha. Na reunião, que será realizada na sede do Ministério do Público do Estado, o governo gaúcho deve apresentar o andamento do plano de desocupação do Central, compromisso assumido em maio, quando a ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário vistoriou a cadeia porto-alegrense.

Rosário participará do encontro de sexta-feira ao lado de técnicos da SDH e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça. Também estarão presentes representantes do Piratini. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) gaúcha vem diminuindo aos poucos a superlotação do presídio, que atualmente conta com cerca de 4 mil detentos. A projeção é reduzir a ocupação pela metade até 2014.

Considerado um dos piores presídios do país, o Central entrou na pauta da força-tarefa criada nesta semana pelo governo federal para avaliar a situação do sistema carcerário brasileiro. A mobilização surgiu após as declarações polêmicas do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que disse preferir morrer do que ficar em um presídio brasileiro.(*)

A frase teve péssima repercussão no Palácio Planalto. Cobrado pela presidente Dilma Rousseff, Cardozo terá de encontrar uma forma de acelerar a liberação de recursos federais para modernizar as cadeias, programa lançado por Dilma em novembro de 2011, mas que ainda patina.

Na segunda-feira, em Brasília, deve ser definido o cronograma das ações em todo o país. No mesmo dia, técnicos da SDH e do Depen vão vistoriar a Penitenciária de São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina. O Estado será o primeiro a ser visitado, já que existe a suspeita de que a ordem para os atentados dos últimos dias tenha partido de dentro do presídio localizado na Grande Florianópolis.



(*)Ministro da Justiça diz que prefere morrer a cumprir pena no Brasil

José Eduardo Cardozo admite que sistema não oferece condições de reinserção

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na tarde desta terça-feira, na capital paulista, que prefere a morte a uma longa pena no sistema prisional brasileiro, porque as condições nos presídios nacionais são medievais.

— Se fosse para cumprir muitos anos em uma prisão nossa, eu preferiria morrer — disse Cardozo durante um encontro com empresários paulistas.

Cardozo salientou que o sistema prisional do país precisa melhorar muito.

— Não é porque eu tenho um sistema (prisional) debilitado, que não oferece condições de reinserção, que eu vou negar o princípio que eu tenho que seguir. Eu tenho é que melhorar o meu sistema, cumprir o meu papel — disse.

O ministro respondia a perguntas feitas pelos empresários na reunião do Grupo de Líderes Empresarias (Lide). Ele foi questionado a respeito de prisão perpétua, pena de morte e castração química a estupradores e pedófilos. Cardozo mostrou-se contrário à aplicação desses tipos de penas no país.

Fonte: Agência Brasil

Nenhum comentário: