O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos
Carneiro de Lima, afirmou nesta quinta-feira (22) que pessoas mortas durante a
onda de violência no estado tiveram suas fichas verificadas no sistema da
polícia antes de serem assassinadas. “Algumas das vítimas tiveram, sim, seus
antecedentes criminais consultados momentos antes de serem mortas”, disse o
delegado-geral.
A afirmação foi feita durante a cerimônia de posse do novo
secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. Com a mudança na
cúpula da Segurança, o delegado-geral afirmou ter colocado seu cargo à
disposição.
De acordo com o delegado-geral, há indícios de extermínio
das vítimas. Policiais militares também estão sendo investigados por suspeita
de praticar parte desses assassinatos. Desde o início do ano, 93 policiais
foram mortos em São
Paulo. Além disso, a região metropolitana vem registrando
média de assassinatos por dia maior que no ano passado (veja tabela).
Para Lima, isso corrobora para a suspeita de que parte das
vítimas foram executadas. Perguntado se esse dado reforça a tese de que há
grupos de extermínio em São
Paulo, o delegado-geral se esquivou. ”O que posso dizer é que
há indícios de extermínio. Sobre grupos ainda estamos investigando.”
As investigações dessas mortes estão sendo conduzidas pelo
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. Lima,
entretanto, não informou quantos policiais são investigados por suspeita de
participação em assassinatos ocorridos durante a onda de violência.
O delegado-geral reafirmou que colocou seu cargo à
disposição de Grella – Lima havia sido nomeado para a chefia da Polícia Civil
pelo ex-secretário Antonio Ferreira Pinto. Lima terá uma reunião nesta tarde
com Grella e deverá novamente colocar seu cargo à disposição do novo chefe da
pasta da Segurança Pública.
Lima informou ainda que a Polícia Civil está investigando as
redes sociais dos suspeitos de envolvimento nas mortes ocorridas durante a onda
de violência.
Fonte: Site G1
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