Hipótese de execução de Julio
Miguel Molina Dias não foi descartada
A Polícia Civil irá investiga se o assassinato do coronel
reformado do Exército, Julio Miguel Molina Dias, de 78 anos, ocorreu durante
uma tentativa de assalto ou se foi uma execução. O militar foi morto com vários
tiros de calibres diferentes, quando chegava em casa a bordo de um Citroën C4,
na rua Professor Ulisses Cabral, no bairro Chácara das Pedras, em Porto Alegre,
na noite dessa quinta-feira. O corpo da vítima ficou ao lado do veículo. A
Brigada Militar (BM) também compareceu ao local, além do Departamento de
Criminalística e Departamento Médico Legal.
Os policiais civis e militares tiveram a atenção despertada
para o número de tiros efetuados contra a vítima. Não é descartada a
possibilidade de que o coronel reformado, nascido em São Borja, tenha reagido
diante da investida dos assaltantes. Um suposto veículo vermelho teria sido
visto no local do crime.
Vítima trabalhou na ditadura
Durante a ditadura militar, no começo dos anos 1980, o então
tenente-coronel Julio Miguel Molina Dias foi comandante do chamado Destacamento
de Operações Internas do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI),
subordinado ao Exército, no Rio de Janeiro.
Na época, no dia 30 de abril de 1981, no Riocentro, um
evento com shows de vários artistas da MPB, em comemoração ao Dia do
Trabalhador, estava sendo realizado. Alguns militares da ala radical do regime
montaram um plano de explodir bombas nos geradores de energia do evento para
semear o pânico no público e acabar com o show.
Uma das bombas, porém, explodiu antes da hora dentro de um
automóvel Puma, onde estavam um sargento, que morreu, e um capitão, que ficou
gravemente ferido. A falha no atentado apressaria ainda mais o fim da ditadura
militar no País.
Fonte: Site Correio do Povo
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