O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) defendeu o desarmamento no
Brasil para diminuir a violência e evitar massacres em escolas infantis, como a
que ocorreram na última sexta-feira (14) no estado de Connecticut, nos Estados
Unidos e, em 2011, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro.
- Nada mais triste, nada mais absurdo do que tirar a vida
daqueles cuja inocência é indiscutível - disse, em discurso ontem (19).
Sérgio Souza lembrou o referendo, ocorrido em 2005, sobre a
proibição da comercialização de armas de fogo e munições no Brasil em que 63,4%
da população rejeitou a proposta do desarmamento. O principal argumento dessas
pessoas, disse o senador, é o direito de defesa. Entretanto, ele acredita que
devido à repetição de tantas tragédias nos últimos anos, a população deveria
refletir sobre o tema novamente.
- Será que dificultar mais ainda o acesso às armas de fogo
não representará redução das mortes por disparo? - indagou.
Para Sérgio Souza, a violência no Brasil merece mais atenção
do que a dos Estados Unidos. O senador citou relatório da Organização das
Nações Unidas (ONU) mostrando que, mesmo os Estados Unidos tendo um maior
número de armas de fogo, o Brasil registrou, em 2010, um número de mortes por
tiros 3,7 vezes mais alto do que aquele país.
- Diante de fatos tão lamentáveis, como as tragédias sem
motivo que temos presenciado aqui no Brasil e em outros países indago se não é
hora de iniciarmos a discussão sobre o desarmamento dos cidadãos no Brasil e no
mundo - disse.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se solidarizou
com as famílias norte-americanas e concordou com a importância do debate sobre
o tema.
- Acho que não devemos facilitar a venda de armas, porque
normalmente elas acabam resultando em mortes, tais como as efetuadas nessa
tragédia americana - afirmou.
Fonte: Senado Federal
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