Uma oportunidade de trabalho mudou a vida de sete pessoas
que dificilmente conseguiriam emprego após cumprir pena em prisões do Rio de
Janeiro. Desde março, eles trabalham na Masan, prestadora de serviços que
recebeu no final de abril o Selo do Começar de Novo, do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), programa que incentiva empresas e órgãos públicos a reinserir
socialmente presos e egressos do sistema carcerário.
Os novos funcionários da Masan moram em comunidades ocupadas
por Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e foram selecionados pelo Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), de acordo com o comportamento
deles na prisão. Em seguida, os sete foram treinados pela Masan dentro do
Projeto Quebrando Fronteiras, criado em 2011, justamente para recrutar
moradores das comunidades pacificadas para os quadros da empresa.
Hoje, todos são contratados pela CLT, com carteira assinada
e carga horária de 44 horas semanais. Como auxiliares de cozinha, vestem
avental, toucas e luvas ao invés do uniforme do sistema prisional de
antigamente. Eles produzem as refeições que alimentam pacientes e funcionários
do Hospital Federal de Ipanema, do Hospital do Câncer (INCA), do Hospital
Municipal Miguel Couto e do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse), entre outras
instituições atendidas pela Masan.
Segundo a diretora-executiva da empresa, Adriana Pinto, a
experiência de trabalhar com egressos têm sido um sucesso. “É muito
gratificante trabalhar com pessoas que estão buscando a reconstrução de suas
vidas. Eles são muito dedicados e disciplinados”, afirmou.
Prova do êxito da iniciativa é o plano de ampliação do
programa. Graças à parceria firmada com a Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária (SEAP) do Estado do Rio, mais 25 ex-detentos deverão ser formados
pela Masan. Nos próximos meses, começa uma nova turma com alunos indicados pela
SEAP, segundo a diretora da empresa, Adriana Pinto.
Fonte: Agência CNJ de Notícias
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