Operação Lava Jato, da PF, foi deflagrada na segunda-feira
(17).
A Polícia Federal informou que prendeu nesta quinta-feira
(20) o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A
PF informou ainda que o mandado de prisão é temporário, por cinco dias. A
prisão de Costa, de acordo com a polícia, faz parte da Operação Lava Jato,
deflagrada pela PF na última segunda-feira (17).
A Polícia Federal disse ainda que Paulo Roberto Costa foi
preso no Rio de Janeiro por destruição de provas. Os policiais federais
apreenderam R$ 700 mil e US$ 200 mil na casa de Costa.
Na última segunda, informou a PF, o ex-dirigente da estatal
do petróleo já havia sido ouvido na superintendência da corporação no Rio. Na
ocasião, ele foi conduzido pelos agentes federais para falar sobre sua suposta
ligação com o doleiro Alberto Youssef, que foi preso em São Luís (MA) e também
é suspeito de comandar a quadrilha acusada de lavagem de dinheiro.
Após prestar o depoimento na segunda, Paulo Costa foi
liberado. Nesta quinta, entretanto, a Justiça decretou a prisão temporária do
ex-diretor da Petrobras. Em nota, a PF informou que ele foi preso por
"tentativa de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir
de prova nas investigações da Operação Lava Jato".
O ex-diretor também é investigado pela compra pela Petrobras
de uma refinaria de petróleo de Pasadena, no Texas (EUA), segundo o Ministério
Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Após uma disputa judicial com um sócio
belga, a estatal brasileira foi obrigada a adquirir a totalidade da planta
norte-americana por US$ 1,18 bilhão, valor considerado superestimado no
mercado.
O negócio é alvo de investigações da PF, do MPF e do
Tribunal de Contas da União. A Procuradoria alegou que o suposto envolvimento de
Costa no caso está sob sigilo e não deu detalhes.
A operação Lava Jato da PF mira grupos de lavagem de
dinheiro. Na segunda, foram presos 24 suspeitos de envolvimento no crime de
lavagem. A polícia atuou em 17 cidades do Paraná, em São Paulo, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal. O
esquema criminoso, segundo a polícia, movimentou R$ 10 bilhões.
Conforme a PF, as investigações da Operação Lava Jato - que
correm em segredo de Justiça - eram realizadas desde 2013, e o montante
bilionário foi arrecadado em três anos. O suspeito de chefiar a quadrilha foi
preso no Distrito Federal. O doleiro Alberto Youssef, que mora em Londrina, no
norte do Paraná, foi preso em São Luís e também é suspeito de comandar a
quadrilha.
A quadrilha envolve
personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela
movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e
jurídicas envolvidas com vários crimes, segundo a PF.
Leia abaixo nota da PF sobre a prisão:
NOTA A IMPRENSA
Brasília/DF - A Polícia Federal confirma que cumpriu mandado
de prisão temporária de Paulo Roberto da Costa, hoje, 20/3, na cidade do Rio de
Janeiro. A prisão decorreu da tentativa de destruição e inutilização de
documentos que poderiam servir de prova nas investigações da Operação Lava
Jato, uma vez que ele foi conduzido coercitivamente na segunda-feira, 17/3,
para prestar informações sobre possível ligação com um dos líderes da
organização criminosa investigada pela PF.
Foram cumpridos também seis mandados de busca e apreensão em
residências e endereços do preso, localizados na Barra da Tijuca e Zona Sul do
Rio de Janeiro.
Fonte: Site G1
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