Por Álvaro Guimarães
alvaro.policia@diariopopular.com.br
Percentual de solução deste tipo de crime na cidade está
acima da média do RS
Um tiro disparado à queima-roupa acabou com a vida de Tiago
Vieira Feijó, 29, morador da rua Fagundes Varela, no bairro Areal, em Pelotas.
O disparo feito em meio à escuridão surpreendeu Feijó, que acabava de descer da
moto diante de casa e sacramentou a 44ª morte violenta na cidade este ano. O
crime aconteceu às 20h, de quinta-feira (5).
Aos investigadores da Delegacia de Homicídios, a namorada da
vítima contou que estava dentro de casa quando ouviu o tiro e ao sair para a
rua viu apenas o namorado caído ao lado da motocicleta. A partir disso, a
polícia ainda não tem suspeitos da autoria do crime.
Até esta sexta-feira (6) apenas as mortes de Cláudio Antônio
da Paz Gama, Jader Douglas Medeiros e Vinícius Felipe Zummermann permaneciam
sem autoria conhecida entre os 42 casos sob os cuidados da delegacia. Isso
representa que em 90% dos casos deste ano os detetives da DP identificaram ou,
pelo menos, suspeitam quem seja os autores dos crimes.
Uma olhada mais detalhada sobre os arquivos da Delegacia
mostra que desde junho de 2012 (data da criação da força-tarefa montada para
investigar os homicídios em Pelotas) 78% dos crimes foram solucionados e 311
pessoas foram indiciadas por homicídios ou tentativas de assassinatos.
O percentual obtido em Pelotas está acima da média do Rio
Grande do Sul, que é de 73% e, muito além da média nacional, que, conforme o
Conselho Nacional de Justiça, é de apenas 5%.
Trabalho em equipe
A estruturação de uma DP exclusiva para investigar crimes
contra a vida é apontada pelo delegado Félix Raffanhim como principal fator que
permite obter estes resultados.
Hoje a Homicídios é integrada por nove investigadores,
divididos em três equipes. Cada equipe é responsável por apurar um homicídio
desde o local do crime até o fechamento do inquérito, isso aumenta o
comprometimento e o interesse dos policiais com cada caso. Atualmente, cada
equipe trabalha com uma média de 30 casos por ano.
Colaboração é fundamental
Apesar de contar com nove investigadores, a delegacia ainda
depende bastante da colaboração da população para resolver seus casos. As
denúncias anônimas que costumam chegar diariamente à Seção de Investigação têm
sido de grande valia para identificar assassinos e motivos.
“Verificamos todas as informações, nem todas são úteis, mas
não deixamos de checar nada, pois em um telefonema anônimo pode estar a pista que
nos levará até um assassino”, diz Raffanhim.
Fonte: Diário Popular
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