Na noite do último sábado (10), um policial militar se envolveu em uma briga de trânsito com o juiz de Direito da comarca de Camamu, Bahia, Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, 28 anos, em Salvador, capital do Estado, que culminou com a morte do magistrado.
Segundo informações obtidas pela Polícia Militar, o policial estava fardado a bordo de um veículo Kia Sephia quando o juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, em um Honda Civic, teria gesticulado e gritado para ele. O policial teria parado o carro e o juiz saído com uma pistola 9mm em punho.
Ainda de acordo com a declaração do policial, ele teria pedido que o juiz parasse. Como seu pedido não foi atendido, o policial efetuou dois disparos - um deles atingiu Carlos Alessandro. A PM e o Samu foram acionados e constataram a morte do juiz.
Direção perigosa
Entretanto, parentes da vítima entendem que a história apresentada pela polícia é "cheia de fantasias, mentiras e corporativismo". Segundo a família, o juiz teria abordado o policial militar depois de ter presenciado o Kia Sephia do soldado Daniel Soares fazendo manobras perigosas na região em frente ao Centro Empresarial Iguatemi. A nota oficial, divulgada pela Polícia Militar afirma que Daniel estava fardado, indo de carro ao trabalho.
Presença de álcool
A família do juiz nega que ele estivesse alcoolizado e acusa o policial de ter disparado o segundo tiro quando o magistrado já estava caído. “O policial respondeu a meu primo dizendo que não tinha poder para prendê-lo, mas que poderia matá-lo. Isso é surreal. Estamos chocados. A família está muito abalada”, diz uma parente. A versão, de acordo com a família, teria sido confirmada por funcionários do Tribunal de Justiça que seguiram para o local. O policial, de acordo com os parentes de Pitágoras, não estava fardado e teria mudado a versão após descobrir, no bolso da vítima, a carteira de juiz.
Pelo menos duas testemunhas já foram ouvidas no Departamento de Polícia Metropolitana em Salvador.
O soldado que matou o é tido como policial experiente e responsável, “tanto que ele era designado para sair em diligência com os oficiais, como motorista”, relata um oficial da 35ª Companhia Independente da Polícia Militar.
Porte de arma de uso exclusivo
A arma encontrada com o juiz Alessandro Pitágoras seria de uso exclusivo das Forças Armadas e da Polícia Federal, segundo apuração feita pelo jornal Correio, da Bahia.
Nota da Polícia Militar revela que o magistrado estava com uma pistola 9mm, modelo Jericho 941 FB, que precisaria de Certificado de Registro emitido pelo Exército, para ser transportada por civis, mas somente colecionadores ou atiradores esportivos, e mesmo assim apenas para o transporte a competições ou para o acervo. Portanto, o porte da pistola para proteção pessoal estaria proibido, exceto a militares e policiais federais.
A família do juiz Alessandro Pitágoras, contudo, negou que ele possuísse uma pistola 9mm. Uma prima do juiz , afirma que ele tinha o porte de arma e que possuía uma de outro modelo, mas não costumava andar armado.
{Fonte: Site Espaço Vital}
Comentário meu: Outro dia, em Caxias do Sul, aqui mesmo no Rio Grande do Sul, um PM matou um jovem motociclista que não obedeceu a ordem dada para parar em um blitz e acabou atingido. Segundo foi divulgado pela Brigada Militar o policial teria disparado o tiro para defender-se de um provável ataque do jovem. Têm sido frequentes as ações de policiais militares que resultam em disparos e morte. É chegada a hora de pleitear à Brigada Militar que oriente, instrua e advirta os membros da corporação para que evitem fazer disparos assim, de forma, pelo menos aparentemente, injustificada.
Comentário meu: Outro dia, em Caxias do Sul, aqui mesmo no Rio Grande do Sul, um PM matou um jovem motociclista que não obedeceu a ordem dada para parar em um blitz e acabou atingido. Segundo foi divulgado pela Brigada Militar o policial teria disparado o tiro para defender-se de um provável ataque do jovem. Têm sido frequentes as ações de policiais militares que resultam em disparos e morte. É chegada a hora de pleitear à Brigada Militar que oriente, instrua e advirta os membros da corporação para que evitem fazer disparos assim, de forma, pelo menos aparentemente, injustificada.
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