A médica Sarita Fernandes Pereira e um falso médico podem responder por cinco crimes, após a morte de Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, segundo a polícia do Rio.
Ela foi presa neste sábado (14) em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O estudante de medicina também teve a prisão temporária decretada e é considerado foragido. Eles foram indiciados por falsidade ideológica, falsidade material, tráfico de drogas (porque o estudante teria aplicado um anticonvulsivo na menina), associação para o tráfico e exercício ilegal da medicina agravado pelo fato de Joanna ter morrido.
A polícia deve enviar o inquérito para o Ministério Público na semana que vem.
A garota morreu nesta sexta-feira (13), após ficar em coma por quase um mês. Ela tinha marca nas nádegas semelhante a uma queimadura. Antes de ser internada no Hospital Amiu, em Botafogo (Zona Sul), ela havia passado por outros 2 hospitais. No Rio Mar, na Barra da Tijuca (Zona Oeste), ela foi atendida pelo falso médico, que receitou um anticonvulsivo e a liberou desacordada.
Na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), a médica negou as acusações. "Eu acredito na Justiça, acredito na minha advogada e sei que tudo isso vai acabar bem." Ela será encaminhada para o presídio Bangu 8 (Zona Oeste).
O falso médico é um estudante de medicina, segundo o delegado Luiz Henrique Marques. Ele prestou depoimento na quarta (11) e teria dito que Sarita Pereira o contratou e entregado a ele o carimbo com CRM falsificado.
A garota foi submetida a necrópsia. O laudo do IML pode esclarecer as causas do coma, das convulsões e se a mancha pode estar relacionada a queimadura, de acordo com o delegado.
Revolta
A mãe de Joanna disse que não vai descansar enquanto os culpados não forem punidos. "Entreguei minha filha boa no dia 27 de maio para o pai dela, andando, com roupinha com tudo para poder ir pra casa e hoje eu vou enterrar minha filha. Preciso que alguém descubra o que aconteceu, me fale o que houve, porque a gente até agora não tem resposta", afirmou Cristiane Marcenal Ferraz.
A produção do RJTV entrou em contato com o pai de Joanna, André Rodrigues Marins, mas ele não quis falar sobre o assunto.
Desde o nascimento da menina, os pais brigaram na Justiça para ficar com a filha. O pai estava com a guarda desde maio.
Demissão
A direção do Hospital Rio Mar informou que a médica foi demitida e que, como coordenadora do setor de pediatria, ela foi a responsável pela contratação do falso médico. A direção disse ainda que estuda a possibilidade de entrar com um processo cível e um outro criminal contra a pediatra.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância na quinta (12) para apurar o atendimento.
{Fonte: Site G1}
{Fonte: Site G1}
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